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Opinião

- Publicada em 04 de Dezembro de 2019 às 03:00

EUA taxa aço e alumínio do Brasil como retaliação 

Mais uma vez fica provado, com fatos, não argumentos, que os países têm interesses, não amigos. Depois da visita que fez à Casa Branca no início do seu mandato, Jair Bolsonaro voltou tecendo loas ao presidente norte-americano Donald Trump.
Mais uma vez fica provado, com fatos, não argumentos, que os países têm interesses, não amigos. Depois da visita que fez à Casa Branca no início do seu mandato, Jair Bolsonaro voltou tecendo loas ao presidente norte-americano Donald Trump.
Na conversa com Trump e com a presença do seu filho - o qual tentou, sem conseguir apoio, indicar como embaixador em Washington -, houve promessas recíprocas de alinhamento mútuo, mais negócios, posições agendadas nos organismos internacionais, incluindo apoio à entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Na época, era tudo o que o novo presidente brasileiro queria, com a ampliação dos negócios com o Tio Sam, relação na qual continuamos tendo superávits.
Mas as juras de amor sem igual foram se esfumaçando na realidade dos fatos, com uma sucessão de episódios que mostraram que Trump só mira, com razão, aliás, do seu ponto de vista, os interesses comerciais do seu país, doa a quem doer, incluindo o Brasil.
No caso da entrada do Brasil na OCDE, que foi postergada, a explicação dada foi a de que havia uma autêntica fila de espera de outros países, e, aí, a Casa Branca obedeceu a ordem de solicitações do apoio dos Estados Unidos. Por isso, estamos ainda aguardando uma indicação com o apoio de Trump ou de quem estiver à frente do governo dos EUA.
No entanto, a pior arremetida foi taxar de novo o aço e o alumínio do Brasil, sem levar em conta nada do que prometera a Bolsonaro, eis que a forte queda do real frente ao dólar foi caracterizada por Trump como algo planejado pelo governo brasileiro, e de maneira artificial, visando colocar os produtos verde-amarelos melhor e mais competitivos do que aqueles produzidos pelos agropecuaristas e algumas indústrias dos EUA.
O absurdo é que a queda do real e do peso argentino vem por conta da guerra comercial entre os norte-americanos e a China, hoje uma grande concorrente, em quase todos os setores, dos EUA. A Argentina foi também acusada por Trump de desvalorizar, artificialmente, o peso. Ora, se há países que estão passando por problemas de déficits orçamentários nos governos são eles o Brasil e a Argentina.
Foi uma jogada eleitoreira, pois Trump pretende buscar a reeleição no ano que vem. Certamente que agradou a muitos setores empresariais do seu país. Bolsonaro que busque uma reversão da decisão do seu proclamado, por ele, grande amigo.
 
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