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Opinião

- Publicada em 25 de Novembro de 2019 às 03:00

Brasil ainda precisa avançar na luta contra o preconceito

O Dia da Consciência Negra transcorreu em 20 de novembro. No Brasil, o fim da escravidão ocorreu em 13 de maio de 1888, em ato assinado pela princesa Isabel, pela ausência do imperador Dom Pedro II. Decorridos 131 anos, a exclusão de negros, pardos e descendentes de indígenas ainda é uma nódoa que macula o estamento social, jurídico e governamental do País, inclusive no Rio Grande do Sul.
O Dia da Consciência Negra transcorreu em 20 de novembro. No Brasil, o fim da escravidão ocorreu em 13 de maio de 1888, em ato assinado pela princesa Isabel, pela ausência do imperador Dom Pedro II. Decorridos 131 anos, a exclusão de negros, pardos e descendentes de indígenas ainda é uma nódoa que macula o estamento social, jurídico e governamental do País, inclusive no Rio Grande do Sul.
Após o fim da escravidão, veio a Proclamação da República em 1889, também decorrência da forte oposição de produtores de café que usavam a força escrava com ganhos bem altos.
Entre os anos de 1881 a 1887, o Rio Grande do Sul tinha quase 80 mil escravos, segundo dados do Arquivo Público do Estado.
Em Porto Alegre, na área que hoje é o bairro Bom Fim, havia a Colônia Africana. Quando do ato da princesa Isabel, os negros foram para os então Campos da Várzea festejar a sua redenção. Daí o nome do, hoje, Parque Farroupilha, adotado após a grande Exposição Farroupilha pelo centenário da Revolução do mesmo nome, em 1935. No entanto, a população usa mais o nome tradicional, Redenção.
O fim da escravidão oficializou a marginalização de negros, largados à própria sorte. Analfabetos, não tinham trabalho para ganhar o mínimo sustento.
Foram criadas vilas afastadas dos centros urbanos, onde os negros e suas famílias continuaram vivendo miseravelmente.
Alguns criticam quando se fala em segregação dos negros, afirmando que muito dependeria dos descendentes dos escravos, por meio de estudo e méritos próprios, o avanço social. No entanto, dificuldades de aceitação barravam tentativas, embora as exceções.
Carlos Santos, deputado estadual, assumiu, interinamente, o governo do Estado. Alceu Collares foi o primeiro governador negro no Piratini. Joaquim Barbosa, filho de humildes agricultores, chegou à presidência do Supremo Tribunal Federal. Mas representam uma minoria ínfima da população negra que conseguiu chegar aos altos postos do poder.
O racismo ainda existe. Tanto que, em São Paulo, professor de Jornalismo da Universidade Estadual Paulista, 60 anos, foi xingado de macaco e esfaqueado na semana passada. A agressão foi no Dia da Consciência Negra.
Somente com aceitação das diferenças, combate ao racismo e igualdade, de fato, no acesso a oportunidades de educação, emprego e saúde é que chegaremos a uma democracia plena, sem desigualdade racial.
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