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Opinião

- Publicada em 13 de Novembro de 2019 às 03:00

Oráculos de uma nação dividida

No Brasil, hoje, vive-se uma nação dividida. Há os que são contra e os que são a favor - a qualquer coisa que apareça. Há os que querem progredir, mostrar porque vieram ao mundo - vencendo obstáculos que se lhe apresentam no dia a dia. Há os que sofrem adversidades. Há os que acreditam na vida eterna. Há os que desfrutam a vida, às vezes parecendo ter vindo ao mundo a passeio. E há os que mergulham no nada. Não notam ninguém. Nem são notados.
No Brasil, hoje, vive-se uma nação dividida. Há os que são contra e os que são a favor - a qualquer coisa que apareça. Há os que querem progredir, mostrar porque vieram ao mundo - vencendo obstáculos que se lhe apresentam no dia a dia. Há os que sofrem adversidades. Há os que acreditam na vida eterna. Há os que desfrutam a vida, às vezes parecendo ter vindo ao mundo a passeio. E há os que mergulham no nada. Não notam ninguém. Nem são notados.
Tarrafeando sobre o mundo brasileiro de hoje, todos, com poucas exceções, quando tudo fica difícil nem mais apelam para os deuses. Invocam para algo chamado Estado (no campo doutrinário, a instituição das instituições, segundo os princípios da ciência do Direito).
No caso brasileiro, um Estado que, segundo enraizada crença, que põe e dispõe, a tudo provê - tal quais os deuses o fariam, pacientes com as fraquezas humanas. Nesse sentido, lembre-se o caso, na década de 1960, quando enchentes no Sul foram simultâneas às secas do Nordeste brasileiro. Estes esperavam uma atitude do Estado e de seus políticos. Com isso, tudo ficou parado.
A exceção ocorreu quando alguém disse: vamos começar tudo de novo. Era o Sul. E assim foi feito. Dito isso, diga-se que houve um momento em que todos confiavam no Estado.
Mais precisamente, nos critérios dos ministros da alta corte judicial brasileira. E ela foi testada pelos cidadãos quando dos recentes escândalos ocorridos na administração pública e na política. Contudo, hoje se observa uma nação dividida e frustrada.
Crises políticas. Poder moderador desnorteado. Sequer levam em conta a riqueza dos ensinamentos do passado, e.g., de Antero de Quental (Conferência do Casino, Lisboa, Portugal, 1871), quando alertou para as características sociológicas dos povos ibéricos e do além-mar.
À nação frustrada só lhe restam à impunidade de conhecidos crimes na vida política e social brasileira. Contudo seus oráculos para lá foram levados por suas condições de reputações ilibadas. Sem manchas.
Mesmo assim, eles vêm protagonizando equívocos e vaidades. Acolhem, com naturalidade, a fisiologia, o patrimonialismo e a corrupção. Enquanto isso o Olimpo dorme! Descansa helênico. Majestoso. À espera que seus componentes voltem. Para um mergulho no nada.
Economista, ex-prefeito de Porto Alegre
 
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