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Opinião

- Publicada em 29 de Outubro de 2019 às 15:12

Mais liberdade, menos populismo

O mundo se vê cada vez mais sob protestos. O mais recente deles é a convulsão social que sacode nosso vizinho Chile, onde estudantes se rebelaram contra o aumento dos preços não apenas do metrô, mas também da saúde e educação, além do sistema de Previdência. Muitos culpam as políticas econômicas liberais implementadas desde 1990, argumentando que a desigualdade social e a baixa qualidade de vida são os principais fatores para a violenta revolta popular contra o atual governo.
O mundo se vê cada vez mais sob protestos. O mais recente deles é a convulsão social que sacode nosso vizinho Chile, onde estudantes se rebelaram contra o aumento dos preços não apenas do metrô, mas também da saúde e educação, além do sistema de Previdência. Muitos culpam as políticas econômicas liberais implementadas desde 1990, argumentando que a desigualdade social e a baixa qualidade de vida são os principais fatores para a violenta revolta popular contra o atual governo.
Será que o quadro social chileno é tão ruim assim? O Chile foi o país latino-americano que mais reduziu sua pobreza entre 2015 e 2017: passou de 13,7% para 10,7% da população – esse índice era de 68% em 1990. Em 1980 a renda média chilena era 30% menor que a brasileira – hoje é 64% maior, e é o país com menor índice de pobreza da América Latina. O Chile também tem a melhor cobertura de saneamento básico, atingindo 99,9% da população – no Brasil, alcançamos apenas 42,7%. O Chile é o mais bem colocado no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), com a melhor educação da região. E, para completar, os chilenos têm o maior IDH da América Latina, um dos melhores índices de qualidade de vida do mundo (à frente de França e Reino Unido), e o décimo melhor sistema de aposentadoria do mundo, segundo a Bloomberg.
Contra fatos não há argumentos: é inegável o avanço na qualidade de vida chilena após políticas econômicas liberais implementadas com sucesso há décadas. Infelizmente, as manifestações pacíficas nas ruas — que, diga-se de passagem, são legítimas — foram cooptadas pela oposição radicalizada e populista, de grupos que desejam, sobretudo, desestabilizar o atual governo, simplesmente por não concordarem com sua ideologia. Não podemos esquecer que, dos últimos 19 anos de governo, 14 deles foram comandados por membros do Partido Socialista do Chile — sim, esse mesmo do marxista Salvador Allende — e, portanto, não faz sentido questionar com tanta violência o modelo chileno adotado. São impressionantes as dificuldades que a esquerda tem de aceitar a derrota nas urnas e as suas intenções para sabotar quaisquer pensamentos e práticas diferentes daqueles que consideram ideais. Dentro desse jogo maquiavélico, apoiam os atos de vandalismo e violência que estão causando prejuízos físicos e financeiros de proporções gigantescas, cerceando a liberdade alheia de quem produz e empreende. Diante desse preocupante cenário, só nos resta clamar: mais liberdade, menos populismo.
Empresário e associado do IEE
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