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Opinião

- Publicada em 17 de Outubro de 2019 às 03:00

A loucura da inovação

No dia 11 de agosto de 1994, o mundo fazia sua primeira transação comercial pela internet. No carrinho virtual, um CD do talentosíssimo cantor Sting. Passados 25 anos deste marco do mundo digital, as novas gerações talvez não tenham a real dimensão do ex-vocalista do The Police, mas certamente conhecem bem o e-commerce. Ingressos para shows, roupas, gadgets eletrônicas, comida e transporte, quase tudo se compra on-line. Embora essa disrupção no comércio tenha demorado para se consagrar, seus efeitos inovadores são incríveis. Uma consequência é a crise das lojas físicas norte-americanas. Estima-se que cerca de 20% dos shoppings devam fechar nos próximos anos.
No dia 11 de agosto de 1994, o mundo fazia sua primeira transação comercial pela internet. No carrinho virtual, um CD do talentosíssimo cantor Sting. Passados 25 anos deste marco do mundo digital, as novas gerações talvez não tenham a real dimensão do ex-vocalista do The Police, mas certamente conhecem bem o e-commerce. Ingressos para shows, roupas, gadgets eletrônicas, comida e transporte, quase tudo se compra on-line. Embora essa disrupção no comércio tenha demorado para se consagrar, seus efeitos inovadores são incríveis. Uma consequência é a crise das lojas físicas norte-americanas. Estima-se que cerca de 20% dos shoppings devam fechar nos próximos anos.
Não faltou quem chamasse os pioneiros no comércio digital de loucos. O mesmo adjetivo foi usado para qualificar Nizan Guanaes e seus sócios quando decidiram lançar o primeiro provedor de internet gratuito no Brasil. O Internet Group, conhecido pela sua sigla, IG, e pelo seu mascote, um simpático cachorrinho, revolucionou a forma como os brasileiros encaravam o acesso à rede mundial de computadores.
Além da suposta loucura, aos olhos dos que não compreendiam as transformações, os dois exemplos são a prova de que inovar é antecipar tendências. É o melhor jeito de superar a si mesmo e de manter vivos os negócios. Longe de querer me comparar a gênios da tecnologia e do marketing, mas também vivi meus momentos de "insanidade". Em 1974, administrava, entre outras empresas da holding, as Lojas Grazziotin. Após uma capacitação na IBM, cheguei à companhia cheio de caixas. Tratava-se do primeiro computador implantado em varejo no Estado. O que parecia uma doidice, anos depois, se tornaria uma necessidade para qualquer loja minimamente estruturada.
Negar as ondas disruptivas é o primeiro passo para o fracasso. A inovação, seja em escala global, nacional ou na realidade de um comércio local, é a mola transformadora do mercado. Testar, mudar, permitir-se errar - dando preferência aos erros mais baratos - é fundamental.
"I'm very much afraid of being mad - that's my one fear." (Tenho muito medo de ficar louco - este é meu único medo") disse Sting certa vez. Pois vou me permitir discordar do cantor. Se ser louco é sinônimo de inovação, seja louco. Encare o mundo diferente, reinvente-se, promova mudanças, seja a mudança. O sucesso está no poder desta loucura.
Consultor empresarial
 
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