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Opinião

- Publicada em 10 de Outubro de 2019 às 03:00

Sínodo da Amazônia é o centro de discussão na Igreja

A Floresta Amazônica é um monumento vivo à natureza. A maior parte dela, ou 5,2 milhões de quilômetros quadrados, pertence ao Brasil. Há décadas que existem tentativas de exploração visando a pedras preciosas, ouro e áreas para exploração da agropecuária. Para tanto, estabeleceram-se nas margens dos rios muitos aventureiros, outros nem tanto, sem autorização. Isso não é de agora. O governo tenta, esporadicamente - como atualmente, após o atrito com a França por conta das queimadas -, dar um basta.
A Floresta Amazônica é um monumento vivo à natureza. A maior parte dela, ou 5,2 milhões de quilômetros quadrados, pertence ao Brasil. Há décadas que existem tentativas de exploração visando a pedras preciosas, ouro e áreas para exploração da agropecuária. Para tanto, estabeleceram-se nas margens dos rios muitos aventureiros, outros nem tanto, sem autorização. Isso não é de agora. O governo tenta, esporadicamente - como atualmente, após o atrito com a França por conta das queimadas -, dar um basta.
Entretanto, o alto custo do deslocamento, a imensidão e as distâncias a serem percorridas por agentes da lei e da ordem esmorecem as ações governamentais, além da corrupção entre alguns que deveriam combater o que está errado. Não bastassem os problemas naturais para o controle da Amazônia, mesmo com o apoio dos governos estaduais, eis que está ocorrendo novo embate e muitas críticas ao governo de Jair Bolsonaro no Sínodo da Amazônia. Na assembleia especial com o Papa Francisco, prelados católicos brasileiros manifestaram pedido de rechaço à mineração e a grandes obras na região, o que vai contra planos do governo. Para alguns bispos, deve haver a suspensão imediata da implementação de megaprojetos que agridem o bioma da Amazônia.
Há uma condenação explícita, no Sínodo da Amazônia, de projeto de mineração em territórios indígenas, garimpo legal e ilegal na Amazônia, não à regularização de novos garimpos. Também serão condenados projetos de rodovias, ferrovias e hidrelétricas que destroem o meio ambiente. Nenhum grande projeto pode ser implantando sem a consulta prévia, livre e informada, dizem os prelados desde o Vaticano.
No entanto, o número de focos de incêndio na Amazônia caiu muito em setembro, ou 19.925 focos de calor no bioma, o menor número registrado para o mês nos últimos seis anos. Para o presidente Bolsonaro, o que há atrás de tanto pedido de proteção não é uma defesa dos indígenas nem da floresta, mas sim uma proteção do minério. Em continuidade, cogitou-se mobilizar as Forças Armadas para assegurar a possibilidade de exploração mineral na região de Serra Pelada, no Sul do Pará. Além disso, o governo Bolsonaro prepara, na Secretaria de Assuntos Estratégicos, o programa Barão do Rio Branco, que inclui as construções da Ponte de Óbidos e de uma hidrelétrica no rio Trombetas, e a expansão da BR-163.
Preservar a Floresta Amazônica de queimadas e exploração predatória, e evitar ocupação de reservas indígenas é essencial. Mas deixar os índios excluídos da modernidade e de benefícios em diversos setores não nos parece o melhor. Para eles e para o Brasil.
 
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