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Opinião

- Publicada em 26 de Setembro de 2019 às 03:00

Insegurança que prejudica toda a sociedade

Ciclicamente, a população brasileira é sacudida por mortes de crianças, especialmente na periferia e em áreas menos favorecidas do Rio de Janeiro. Tinham até um certo romantismo, redutos que eram de escolas de samba, cantores, compositores e onde até o então superastro Michael Jackson gravou um clipe.
Ciclicamente, a população brasileira é sacudida por mortes de crianças, especialmente na periferia e em áreas menos favorecidas do Rio de Janeiro. Tinham até um certo romantismo, redutos que eram de escolas de samba, cantores, compositores e onde até o então superastro Michael Jackson gravou um clipe.
Infelizmente, há anos que isso não é mais assim, ainda que nas comunidades dos morros cariocas a maioria seja formada de trabalhadores dos mais diversos setores.
A recente morte da menina Ágatha Vitória, de oito anos, que estava dentro de uma kombi e morreu ao ser atingida a tiros no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro fez emergir novamente o debate sobre a insegurança.
O pior é que, vez que outra, as mortes advêm de tiroteios entre policiais militares e facções criminosas, justamente nos morros do Rio. Tudo indica - até agora - que, outra vez, a bala que ceifou a vida de uma criança veio de arma de policial.
É triste, e, mesmo que o disparo viesse de bandidos, isso não minoraria a tristeza de uma família que perde alguém na tenra idade, estudante, com muitos sonhos para sua vida e de seus familiares.
Mesmo dentro do terrível quadro de mais de 60 mil homicídios registrados em um ano no País - mais do que em algumas guerras localizadas pelo mundo -, os números indicam o fracasso do modelo de segurança pública brasileiro predominante nos últimos anos.
Evidentemente que, mesmo levando-se em conta uma população de 210 milhões de habitantes, é assustador. As mortes por homicídios superam, em alguns casos, as mortes registradas por países em guerras.
Bandidos e policiais utilizam fuzis, uma arma de guerra e com alcance útil, em torno de 800 metros, com total acerto no alvo. Se for bala perdida, é pior, pois, aí, o alcance vai a 1,3 mil metros.
Sendo disparada em zona urbana, com movimento, quase sempre alguém levará um tiro, geralmente mortal - caso de Ágatha.
É muito triste constatar a que ponto chegamos, com pontos de venda de drogas sendo disputados a bala pelas facções. Somente a repressão policial não resolve - não completamente - a questão da criminalidade, na qual os consumidores de drogas dão um bom lucro aos vendedores e, hoje em dia, com a crise, aos que levam e trazem cocaína, maconha e ecstasy do Brasil para a Europa e vice-versa.
Mais inclusão social, menos pobreza, mais educação e famílias estruturadas com certeza diminuirão tantas mortes.
 
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