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Opinião

- Publicada em 18 de Setembro de 2019 às 03:00

Tem que ser com verdade e transparência

Existe algo errado na venda das ações do Banrisul. A falta de transparência enseja importantes dúvidas em quem está acompanhando este processo: para onde vai o dinheiro que será arrecadado? O valor da venda é condizente com o patrimônio do banco? No intuito de esclarecer estas e outras questões, a Assembleia Legislativa realizou, recentemente, uma audiência pública sobre o tema, mas, infelizmente, os representantes do governo do Estado não compareceram. Ao fazer isso, deixaram de esclarecer detalhes da maior venda de ações do banco gaúcho.
Existe algo errado na venda das ações do Banrisul. A falta de transparência enseja importantes dúvidas em quem está acompanhando este processo: para onde vai o dinheiro que será arrecadado? O valor da venda é condizente com o patrimônio do banco? No intuito de esclarecer estas e outras questões, a Assembleia Legislativa realizou, recentemente, uma audiência pública sobre o tema, mas, infelizmente, os representantes do governo do Estado não compareceram. Ao fazer isso, deixaram de esclarecer detalhes da maior venda de ações do banco gaúcho.
A principal função do Parlamento é fiscalizar o Executivo. Sem o contraponto, as dúvidas só aumentaram. Especialistas que analisaram a transação chamaram a atenção sobre o valor das ações. Ao colocar à venda, de uma só vez, um significativo número delas, o mercado se retrai e, automaticamente, derruba o preço dos papéis. Com isso, o montante de R$ 2,2 bilhões que deverá vir desta negociação correspondente a um valor bem menor de que o banco poderia arrecadar. O atual governador tem legitimidade para oferecer a venda das ações, o que ele não pode fazer é liquidar o patrimônio público. O banco não é do governo, mas sim de todos os gaúchos.
A outra questão é a incoerência. Na campanha, o senhor governador Eduardo Leite foi enfático: "usar a venda de patrimônio para custeio? Na minha visão é criminoso, porque queima o futuro do Estado". Agora, mudou de opinião. Com jogo de palavras, tenta argumentar que os recursos serão para pagar o passivo e que isso não seria custeio. O que o governo precisa dizer, sem rodeios, é para onde, de fato, vai destinar estes recursos.
O alegado sigilo sobre essa matéria é cortina de fumaça para encobrir a incoerência do governo que vai vender o patrimônio público para pagar salário.
Deputado estadual (MDB)
 
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