Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 29 de Agosto de 2019 às 03:00

Acordo do Mercosul com União Europeia pode ser concretizado

Mesmo com os ataques verbais entre o presidente da França, Emmanuel Macron, e o presidente Jair Bolsonaro, o acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul - com Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - poderá ser concluído no final de 2020. A troca de farpas e grosserias entre os dois presidentes, mesmo sendo algo inusitado na diplomacia recente do Brasil, levantou a dúvida - e até mesmo ameaças de Macron - de que o cobiçado e importante acordo, que vem sendo discutido há cerca de 20 anos, poderia não mais sair.
Mesmo com os ataques verbais entre o presidente da França, Emmanuel Macron, e o presidente Jair Bolsonaro, o acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul - com Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai - poderá ser concluído no final de 2020. A troca de farpas e grosserias entre os dois presidentes, mesmo sendo algo inusitado na diplomacia recente do Brasil, levantou a dúvida - e até mesmo ameaças de Macron - de que o cobiçado e importante acordo, que vem sendo discutido há cerca de 20 anos, poderia não mais sair.
Aliás, para muitos observadores do cenário comercial europeu, no fundo, a aspereza nas falas e as críticas de Macron contra o Brasil por conta das queimadas na Amazônia tinham por finalidade, a rigor, estancar o acordo. Contra ele estão unidos, há anos, os agropecuaristas gauleses e de outros países da União Europeia.
E quem afirmou o dado positivo foi Donald Tusk, presidente do conselho da UE. Mas condicionou o feito ao comportamento do Brasil, que está sob pressão de países europeus devido a suas políticas ambientais - em particular, devido à forma de lidar com os incêndios na Amazônia. É uma boa notícia e que poderá ajudar no soerguimento da economia de todo o bloco, que vem passando por agruras financeiras, principalmente o nosso País e a Argentina. Da nossa parte, o presidente Jair Bolsonaro tem que parar com ataques verbais e tratar de fazer proposições concretas. Caso contrário, estará municiando o presidente francês nas suas tentativas de bloquear o acordo com o Mercosul, mesmo tendo ficado isolado, nesta questão, na recente reunião do Grupo dos 7 (G-7).
Negociar até a exaustão e colocar o Itamaraty à frente dos contatos na Europa. Apoio mais do que importante na questão da Amazônia e das queimadas veio de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Em alto e bom som, ele afirmou que o Brasil e seu governo estavam fazendo grande esforço para controlar o fogo e que apoiava o nosso País nesse sentido.
Importante também foi a posição da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, que pediu que os dois assuntos, fogo na Amazônia e acordo Mercosul-União Europeia, não fossem misturados.
Mais calmo, Jair Bolsonaro já aceitou doação de cerca de R$ 55 milhões oferecida pelo Reino Unido para o combate aos incêndios na Floresta Amazônica. Condicionou que o destino e a aplicação da verba serão coordenados pelo governo brasileiro. Pelo visto, o assunto está sendo direcionado para um entendimento, salvo novos e irremediáveis atritos verbais descabidos entre os dois impetuosos presidentes, em Brasília e em Paris.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO