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Opinião

- Publicada em 26 de Agosto de 2019 às 03:00

Monitorar Amazônia para evitar desmatamento

As críticas do presidente da França, Emmanuel Macron, na reunião do Grupo dos 7 (G-7), têm razão de ser pelo desmatamento na Amazônia. No entanto, um exagero é falar em evitar um acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. Macron quer proteger os interesses comerciais dos agropecuaristas do seu país da concorrência dos produtos brasileiros. Não teve apoio da maioria do G-7, nesta questão.
As críticas do presidente da França, Emmanuel Macron, na reunião do Grupo dos 7 (G-7), têm razão de ser pelo desmatamento na Amazônia. No entanto, um exagero é falar em evitar um acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul. Macron quer proteger os interesses comerciais dos agropecuaristas do seu país da concorrência dos produtos brasileiros. Não teve apoio da maioria do G-7, nesta questão.
A Floresta Amazônica, na parte brasileira, tem 5,2 milhões de quilômetros quadrados. Com a falta de tato de suas declarações - depois equilibradas no pronunciamento em rede nacional -, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) saiu criticando a tudo e a todos. Desde o governo francês, passando pelos governadores do Norte e chegando às Organizações Não Governamentais (ONGs), que seriam as responsáveis pelos focos de fogo registrados por organismos brasileiros e internacionais. Erro grosseiro.
Não se pode esquecer que a maior parte do que o Brasil produz em termos de trigo, soja, arroz, feijão e algodão, especialmente, vem do Centro-Oeste, do Sudeste e do Sul, não da Amazônia. É claro que é obrigação da União a proteção daquela imensidão, chamada antes de Inferno Verde. Pela repercussão mundial do problema, o presidente prometeu mais ação, com a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), pelas Forças Armadas, o que poderia ter feito logo, com aviões-tanque da Força Aérea Brasileira (FAB) no combate ao fogo. Os governadores da Amazônia Legal manifestaram preocupação com o avanço do desmatamento. Os objetivos do grupo são elevar a competitividade dos setores florestal, agropecuário, industrial e turístico da Amazônia.
O desmatamento na região atingiu, entre agosto de 2018 e junho deste ano, uma área total de 4.565 quilômetros quadrados. É 40% maior do que no período anterior.
A área atualmente ocupada pela agropecuária é de 30% do nosso território, mas, com os ganhos de produtividade que vêm ocorrendo, há condições de se produzir o dobro e no mesmo espaço, segundo especialistas. A crise do desmatamento - assunto no encontro do G-7 -, constata as deficiências que temos. E os países do G-7 ofereceram ajuda.
Criamos unidades de conservação, áreas de preservação, parques nacionais e reservas indígenas, mas sem uma estrutura eficaz de gestão. A consequência foi a invasão por desmatadores, prejudicando o mercado de madeira legal no País, e isso precisa ser combatido de maneira eficaz. A Amazônia deve ser preservada.
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