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Opinião

- Publicada em 22 de Agosto de 2019 às 16:05

Uma Capital e dois corações

O Rio Grande do Sul tem vocação para o futebol. Essa tradição começou em 1903, com a fundação do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, e se fortaleceu seis anos mais tarde com a criação do Sport Club Internacional.
O Rio Grande do Sul tem vocação para o futebol. Essa tradição começou em 1903, com a fundação do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, e se fortaleceu seis anos mais tarde com a criação do Sport Club Internacional.
Com o apoio incondicional de suas torcidas, os dois clubes conquistaram o Brasil, a América e o mundo. Juntos, somam seis Copas do Brasil, cinco Libertadores da América e dois mundiais. A rivalidade e a paixão tornaram o Gre-Nal o maior clássico do País e o oitavo do planeta.
Daqui saíram atletas como Branco, Falcão, Dunga e Ronaldinho Gaúcho. Os treinadores Mano Menezes, Tite e Luiz Felipe Scolari – esse último campeão mundial com a Seleção Brasileira em 2002, na Copa do Mundo do Japão - foram descobertos nesses pampas. Em sua nova versão, Renato Portaluppi, primeiro campeão como jogador e treinador pelo mesmo clube, vem encantando no comando do time gremista.
Mas nem só de glórias vivem os corações azuis e vermelhos. Diante das derrotas, nas eliminações precoces e nos fatídicos rebaixamentos as torcidas seguiram frequentando os estádios e apoiando seus clubes.
Quem passa pela dor valoriza ainda mais as conquistas, por isso, todas as dificuldades serviram para fortalecer esse sentimento capaz de parar o estado em dias de jogos.
Num verdadeiro lance de craque, as duas torcidas também têm demonstrado que conhecem o valor do fair play e da solidariedade, ao unirem-se para receberem moradores de rua num dos finais de semana mais gelados desse inverno.
Esse gesto, inimaginável pela degradação havida, muitas vezes, nas relações do futebol, mostra a sensibilidade e a capacidade de dirigentes e torcedores de Grêmio e Inter de manter as disputas somente entre as quatro linhas.
Se a história desses dois gigantes se cruza e se completa dentro e fora de campo, a expectativa de termos um Gre-Nal na final da Copa do Brasil ou na semifinal da Libertadores da América desse ano faz os batimentos cardíacos de gremistas e colorados aceleraram.
Seria inesquecível para a capital dos gaúchos receber um confronto dessa dimensão e sentir a pulsação dos seus dois corações. O futebol, que já proporcionou tantos momentos indescritíveis para os gaúchos, pode novamente surpreender. A magia do improvável não nos fará esquecer os problemas da nossa cidade. Mas se acontecer, nesse dia só queremos torcer. 
Jornalista
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