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Opinião

- Publicada em 13 de Agosto de 2019 às 15:33

O povo cansou do Rio Grande do Sul

O gaúcho gosta da sua terra, tem raízes fortes, e aonde vai às leva. O churrasco, o chimarrão, o “bá” e o “tri”, o Grêmio e o Inter, a cultura e o CTG. Os que aqui estão prendem-se a isso, suas famílias e amigos. É recente a notícia que revela terem 700 mil pessoas economicamente ativas migrado para fora do Estado. Dados de 2015 revelam que mais da metade desta população não saiu da região Sul, tendo como destino nossos vizinhos Santa Catarina e Paraná. Considerando a crise que enfrentamos, mais gaúchos devem ter migrado nos últimos três anos.
O gaúcho gosta da sua terra, tem raízes fortes, e aonde vai às leva. O churrasco, o chimarrão, o “bá” e o “tri”, o Grêmio e o Inter, a cultura e o CTG. Os que aqui estão prendem-se a isso, suas famílias e amigos. É recente a notícia que revela terem 700 mil pessoas economicamente ativas migrado para fora do Estado. Dados de 2015 revelam que mais da metade desta população não saiu da região Sul, tendo como destino nossos vizinhos Santa Catarina e Paraná. Considerando a crise que enfrentamos, mais gaúchos devem ter migrado nos últimos três anos.
Não é preciso ser gênio para perceber os motivos da migração, basta nos comparamos com nossos vizinhos: sofremos com mais violência, temos menos empregos, nosso Estado é mais burocrático, e temos uma carga tributária muito superior. Não há nenhuma ação política para devolver nosso Estado para a vanguarda: somente notícias de que estamos “tapando buracos”, e as velhas desculpas das “gestões anteriores”. Nada de novo, nenhuma inovação. Nenhuma política de inovação.
Nenhum aceno ao mercado de que aqui, no RS, queremos prosperidade. O que há de “novo” são mais impostos, ou a manutenção da alta carga tributária. Pagamos 50% mais IPVA que nossos vizinhos catarinenses nos veículos de passeio e o dobro nas motocicletas. Pagamos 20% mais ICMS sobre energia elétrica e combustíveis. Não há no Brasil inteiro um Estado com alíquota básica de ICMS maior do que a nossa - somos “number one”.
Energia elétrica e combustíveis são motores da economia e, na crise, somos o Estado que mais os tributa. Temos indústria e comércio com mais custos, produtos e serviços mais caros e, portanto, menos consumidos. Não vendemos quase nada para fora de nosso Estado, o que significa que não trouxemos riquezas de fora para nossas terras. Logo, continuamos com o mesmo e velho pão dormido para dividir entre todos os bravos e aguerridos que se mantém no RS. Mas a culpa é das gestões anteriores.
A notícia sobre a migração em massa revela que chegamos a um limite. O povo do RS cansou de levar o Estado nas costas, está dando tchau, e descobrindo que é possível ser feliz do outro lado do Mampituba. E parece que nossos governantes não estão “nem aí” para isso, ou seja, não se interessam pelo nosso povo e sua prosperidade, mas apenas por estar na situação de governo e empurrar os problemas com a barriga, fechando seu ciclo, e abrindo um novo no qual se tapam buracos e culpam gestões anteriores. Até quando?
Diretor da PAP Propriedade Intelectual
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