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Opinião

- Publicada em 05 de Agosto de 2019 às 14:41

Os desafios 60+: o almoço de domingo

A longevidade humana é uma conquista a ser celebrada por todos nós, pois estamos vivendo mais e com maior acesso a recursos de saúde, cultura e lazer. Contudo, a autopercepção positiva sobre a longevidade ainda é diferente da sensação de estar envelhecendo. O envelhecimento, enquanto fenômeno natural pelo qual todos devemos passar, ainda é um tabu em nossa sociedade. Homens e mulheres lutam, por exemplo, pelo direito ao trabalho depois dos cinquenta anos, pela liberdade de portarem rugas, cabelos brancos ou qualquer outra indicação de que o corpo está envelhecendo. Mas, e se ao invés de lutarmos contra a passagem do tempo, redescobríssemos as possibilidades que este tempo “extra” nos oportuniza? Afinal, até 1900 nossa expectativa de vida era 40 anos, hoje é quase 80! Nossas políticas públicas são tensionadas para garantirem condições mínimas de saúde, moradia, segurança, alimentação – nem sempre com o sucesso desejado, o que nos leva a pensar sobre os principais desafios vividos pelo público 60+.
A longevidade humana é uma conquista a ser celebrada por todos nós, pois estamos vivendo mais e com maior acesso a recursos de saúde, cultura e lazer. Contudo, a autopercepção positiva sobre a longevidade ainda é diferente da sensação de estar envelhecendo. O envelhecimento, enquanto fenômeno natural pelo qual todos devemos passar, ainda é um tabu em nossa sociedade. Homens e mulheres lutam, por exemplo, pelo direito ao trabalho depois dos cinquenta anos, pela liberdade de portarem rugas, cabelos brancos ou qualquer outra indicação de que o corpo está envelhecendo. Mas, e se ao invés de lutarmos contra a passagem do tempo, redescobríssemos as possibilidades que este tempo “extra” nos oportuniza? Afinal, até 1900 nossa expectativa de vida era 40 anos, hoje é quase 80! Nossas políticas públicas são tensionadas para garantirem condições mínimas de saúde, moradia, segurança, alimentação – nem sempre com o sucesso desejado, o que nos leva a pensar sobre os principais desafios vividos pelo público 60+.
Certamente discutir os avanços da medicina, da ciência e da tecnologia – novos fármacos, melhores condições para prevenção e promoção da saúde, ou mesmo inovações para melhorias em casa, no trabalho, nos espaços públicos estão entre os tópicos relevantes para este segmento, porém acredito que um dos principais desafios ao falarmos de autopercepção positiva de longevidade é a convivência humana. Conviver com amigos, familiares ou mesmo com nossos amores torna nossa longevidade menos solitária e com mais sentido. Pesquisas atuais nessa área indicam que uma das principais características que as pessoas que vivem mais de 80 anos compartilham é a manutenção das relações de afeto: significa dizer que os longevos são pessoas que preservam as reuniões de família, valorizam os programas entre avós e netos, fazem novos amigos e mantêm contato com os antigos.
Portanto, é preciso investimento macrossocial para uma longevidade com dignidade por meio de políticas públicas efetivas, estrutura social e econômica que reconheça as múltiplas necessidades que surgem na medida em que os anos avançam, mas também é fundamental investir na convivência social e nos laços de afeto - que em uma escala micro social se fortalecem semanalmente nos almoços de domingo.
Fundadora e diretora técnica da Senescentis – Longevidade e Qualidade de Vida
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