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Opinião

- Publicada em 31 de Julho de 2019 às 03:00

O longo passo da humanidade rumo ao erro

Quando a tecnologia da telefonia celular recém dava os primeiros passos, considerava-se proeza que uma reles caixinha de plástico e metal que cabia na palma dão mão podia conectar o dono com o resto do mundo.
Quando a tecnologia da telefonia celular recém dava os primeiros passos, considerava-se proeza que uma reles caixinha de plástico e metal que cabia na palma dão mão podia conectar o dono com o resto do mundo.
Embora essa tecnologia da norte-americana Bell tivesse uma experiência embrionária ainda em 1947, foi só na década de 1990 que a população teve acesso à novidade. No início, custavam caro - em 1998, um modelo da Motorola era vendido por R$ 2 mil. Com a escala, o custo foi baixando até chegar a um ponto que quase todo mundo podia comprar um. Recorde-se que, à época, eles só permitiam falar e ouvir, só depois veio o SMS.
Pari passu ao desenvolvimento dos computadores pessoais, os celulares passaram rapidamente ao estágio smartphone, assim como a pupa se transforma em borboleta, transmitindo imagens e textos, e se transformaram em computadores. A humanidade tem lá seus paradoxos: os computadores diminuíram de tamanho, e os smartphones aumentaram.
Mas la nave va, já ensinava o cineasta Frederico Fellini, e nem sempre em boa direção. Começaram a aparecer os vírus, os enigmas e defeitos que nem técnicos conseguiam resolver, posto que caixa-preta essas geringonças ainda trazem na sua, digamos, genética.
Os antigos sábios já ensinavam a dualidade das coisas. Logo espertalhões descobriam que, abaixo da superfície do mundo digital, podia se promover até guerras, vender armas letais e distorcer a realidade a tal ponto que o verdadeiro passou a ser falso e o falso vestiu as vestes da verdade. Sabemos que, na chamada Dark Internet, ensina-se até a fabricar um artefato nuclear, nem que seja uma "bomba suja", que emite radioatividade letal que envenena a região por milhares e até centenas de milhares de anos, dependendo do material usado.
Não bastasse essa malignidade, a perversidade humana logo engendrou formas de espionar os outros, e, de pasmar, confessam candidamente que o fizeram, e, mesmo assim, não podem ser alcançados pelo braço da lei.
O pior é que, dependendo do segmento ideológico, alguns hackers são considerados heróis. Chegamos a um ponto no Brasil em que uma atividade ilícita tem que ser respondida por agentes lícitos como se criminosos fossem, e não o contrário. Os últimos acontecimentos estão aí para demonstrar esse princípio. É a inversão absoluta.
A navegação dos homens de bem não leva a algum porto seguro, leva ao naufrágio.
Chegamos lá. Conseguimos chocar o ovo da serpente.
 
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