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Opinião

- Publicada em 05 de Agosto de 2019 às 03:00

Para onde vamos?

Dom Jaime Spengler
O esforço comum para superar a fome e a miséria, para promover a participação de todos nos frutos da civilização conquistados por meio da ciência e da técnica, e para construir maior justiça social é tarefa de todo cidadão que pauta seu viver pela ética e especialmente de toda pessoa de fé, que se esforça para responder aos apelos do Evangelho.
O esforço comum para superar a fome e a miséria, para promover a participação de todos nos frutos da civilização conquistados por meio da ciência e da técnica, e para construir maior justiça social é tarefa de todo cidadão que pauta seu viver pela ética e especialmente de toda pessoa de fé, que se esforça para responder aos apelos do Evangelho.
A situação do desemprego, que atinge número expressivo de brasileiros e o drama da fome que agride a dignidade e a honra de tantos, expressa a necessidade urgente de medidas públicas efetivas, a fim de promover condições de vida para todos.
O contexto socioeconômico empurra não poucas pessoas para práticas ilícitas. Jovens que não encontram possibilidade de formação acadêmica qualificada, que não encontram um lugar de trabalho, muitas vezes, "órfãos filhos de pais vivos", se tornam presas fáceis de gangues e do "dinheiro fácil" proporcionado pelo tráfico de entorpecentes. Consequentemente, estão condenados a uma existência pobre de significado e, não raramente, breve.
Nas periferias geográficas, não são poucas as vilas e os bairros que vivem sob o toque de recolher imposto pelas facções que dominam a área. É necessário reconhecer que os pobres estão condenados por um sistema perverso a se conformarem com a própria situação.
Há uma oligarquia que goza de civilização requintada, enquanto relevantes extratos da sociedade são privados do mínimo necessário reconhecido internacionalmente como indispensável para uma vida humana digna.
Todo ser humano, para viver com dignidade, precisa de alimentação, água, terra, moradia, saúde, energia, trabalho, saneamento básico, escola, lazer, transporte, segurança etc. É a materialidade fundamental da vida humana. São direitos primários para a conservação da vida e direitos comuns de todas as pessoas.
"Nesta confusão, torna-se mais violenta a tentação, que talvez leve a messianismos fascinantes, mas construtores de ilusões. Quem não vê os perigos, que daí resultam, de reações populares violentas, de agitações revolucionárias, e de um resvalar para ideologias totalitárias?" (S. Paulo VI).
Arcebispo metropolitano
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