Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 30 de Julho de 2019 às 03:00

O caos de cada dia no trânsito das cidades

Parece que dirigir respeitando as normas de trânsito virou motivo para reprovação. Se o leitor para na faixa, ouve buzina do motorista que vem atrás. Se decide obedecer ao limite de velocidade nas estradas, não é raro ser ultrapassado por algum raivoso condutor. Se espera pacientemente sua vez para dobrar à direita, é bem possível que venha alguém pela esquerda e tente dobrar junto.
Parece que dirigir respeitando as normas de trânsito virou motivo para reprovação. Se o leitor para na faixa, ouve buzina do motorista que vem atrás. Se decide obedecer ao limite de velocidade nas estradas, não é raro ser ultrapassado por algum raivoso condutor. Se espera pacientemente sua vez para dobrar à direita, é bem possível que venha alguém pela esquerda e tente dobrar junto.
Os exemplos anteriores não são exceção, infelizmente, em grandes cidades e nas rodovias. Em um mundo em constante aceleração e com pressa para tudo, 60 km/h parece demasiado lento, mas não é. É o limite que salva vidas e impede uma carnificina no trânsito.
Do mesmo modo, o ato muitas vezes ignorado de sinalizar a conversão à direita ou à esquerda, além de obrigatório, auxilia o pedestre na tomada de decisão de atravessar ou não a rua. Mas o que se vê, diariamente, é um festival de motoristas simplesmente dobrando aqui ou lá sem sinalizar absolutamente nada.
O acostamento, quando é um pouco mais largo, vira segunda ou terceira pista. Enquanto aguardamos a fila de carros prosseguir, um ou outro afoito ultrapassa pela direita, com o pisca-alerta ligado, como quem avisa: "Não quis esperar e estou passando".
São apenas alguns exemplos, mas a lista de infrações e de grosserias é enorme. O leitor pode esbravejar contra essa ou aquela lei, é direito seu, mas não desrespeitá-la. Ao fazer isso, coloca em risco a vida de outros motoristas e pedestres.
E parece muito óbvio repetir isso tudo - então por que cada motorista não faz sua parte por um trânsito mais seguro? A pressa só pode ser admitida em casos de emergências médicas ou policiais. Caso contrário, rodar pelas avenidas, ruas e rodovias viraria um salve-se quem puder.
Os dados não mentem. Acidentes de trânsito causam quase 50 mil mortes por ano no Brasil. No Rio Grande do Sul, em 2018, foram 1.612 vítimas fatais, número um pouco melhor que o registrado em 2017 (1.745 mortes).
Uma das sugestões da Organização Mundial da Saúde (OMS)é que todas as cidades do mundo adotem velocidades máximas de 50 km/h em áreas urbanas e de 30 km/h em áreas residenciais.
O discurso de que temos muitas leis no Brasil é correto. Entretanto, apenas com leis e pesadas multas o poder público consegue segurar o ímpeto do condutor mais afoito. Desrespeitar as leis de trânsito vigentes só acentua a perigosa insegurança do nosso dia a dia.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO