Em tese, falando no geral, sem analisar casos específicos e exceções, há três caminhos na vida: o do trabalho, o do crime e o do estudo. Como diz o senso comum, menosprezado por Nietzsche, a vida são escolhas. Quem escolhe certo acaba tendo mais chances de se dar bem na vida. Quem escolhe errado pode terminar mal.
Se a pessoa resolve deixar de estudar e opta pelo caminho do trabalho, a maioria deles só consegue ganhar um salário mínimo ou um pouco mais a vida toda. E o que dá para fazer com isso? Se tiver de pagar aluguel, a coisa fica insustentável. Mal dá para manter uma família, ou melhor: é tão pouco, que é difícil de entender como um pai de família vive assim e ainda tem mulher e os pequenos. Claro que existem os casos de pessoas que se deram bem sem estudar, mas não é a maioria entre os 211 milhões de brasileiros.
Se a pessoa opta pelas drogas e pelo crime, raramente a história se difere disso: morre cedo, em geral antes dos 25, vai para a cadeia, leva tiro, mas, durante algum tempo, consegue viver com muita grana, carros, luxo etc. O mundo do crime não dá muitas opções a não ser a prisão e a morte.
Se a pessoa prefere o estudo, há três situações a considerar: os que se esforçam, os matões e os que levam tudo pela metade. Os primeiros vão ter as melhores colocações, e as pesquisas dizem que os que estudam ganham, no mínimo, três vezes mais que os que não estudam. Mas essas pessoas podem ganhar muito dinheiro e ter uma vida feliz, embora se dedicar aos estudos não seja nada fácil e, para a maioria, é a coisa mais chata do mundo.
Os matões em geral não vão conseguir empregos na área em que estudaram e vão dizer que a culpa é da sociedade e que não vale a pena estudar. Em nenhum momento, vão refletir que eles próprios não se dedicaram, não aprenderam direito as coisas e são incompetentes. Por isso estão na situação em que se encontram. Aí trabalharão como se não tivessem estudo, ganhando pouco mais de um salário-mínimo.
Os que fazem as coisas pela metade também conseguirão empregos meia boca, mas terão salários acima de 3 mil reais. Aristóteles dizia que nós deveríamos levar a vida pelo meio termo, nos dedicando e nos divertindo. Talvez esse seja o grupo mais adequado. Em todas essas rápidas reflexões, obviamente, há casos diferentes. Mas, se analisarmos em relação à maioria, é mais ou menos por aí.
Professor