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Opinião

- Publicada em 22 de Julho de 2019 às 03:00

Sobre um polo carboquímico no RS

Léo Ustárroz
Durante a recente reunião da cúpula do G-20 no Japão tivemos ampla informação sobre o Acordo de Paris e a definitiva adesão do Brasil. Também temos lido sobre a onda de calor que atinge a Europa, matando pessoas, provocando incêndios, alterando e restringindo a vida normal das pessoas. Sabemos também sobre o aquecimento do solo e dos mares, as catástrofes naturais, as alterações de clima etc. Pois o Planeta está com febre de quase dois graus. Sua temperatura média subiu de 13,5°C para 15,0°C desde a revolução industrial. Podemos ter uma ideia do "desconforto da Terra" com a febre por experiência própria.
Durante a recente reunião da cúpula do G-20 no Japão tivemos ampla informação sobre o Acordo de Paris e a definitiva adesão do Brasil. Também temos lido sobre a onda de calor que atinge a Europa, matando pessoas, provocando incêndios, alterando e restringindo a vida normal das pessoas. Sabemos também sobre o aquecimento do solo e dos mares, as catástrofes naturais, as alterações de clima etc. Pois o Planeta está com febre de quase dois graus. Sua temperatura média subiu de 13,5°C para 15,0°C desde a revolução industrial. Podemos ter uma ideia do "desconforto da Terra" com a febre por experiência própria.
Como nos sentimos com uma febre de dois graus? Assim como nós, a Terra é um sistema vivo. Muito mais vivo e muito mais sistema do que nosso vão conhecimento percebe. Sabe-se, por exemplo, que "uma colher de chá de terra de pastagem chega a conter 5 bilhões de bactérias, 20 milhões de fungos e 1 milhão de algas e protozoários" (Capitalismo Natural, Fritjof Kapra). Dá para imaginar o conteúdo vivo em cada metro cúbico de terra de pastagem ou floresta. É esse ecossistema complexo que mantém a fertilidade do solo e viabiliza a vida humana.
A principal causa da febre da Terra é a queima anual de 5 a 10 bilhões de toneladas de carbono que, há milhões de anos, foi fixado pela fotossíntese, na forma de carvão, petróleo e gás natural, os combustíveis fósseis. Como se não bastasse o calor gerado acima da capacidade de absorção pelos ecossistemas atuais, essa queima e outras atividades humanas aumentaram em 50% a presença de CO2 na atmosfera desde a Revolução Industrial. O Acordo de Paris objetiva baixar a febre da Terra e garantir um desenvolvimento sustentável. Através de um programa consistente de redução da emissão de gases estufa a partir de 2020, pretende-se, inicialmente, conter o aquecimento global e, em uma segunda etapa, fazer sua temperatura voltar ao que era antes da Revolução Industrial.
Pois, em paralelo a essa situação, como se nada disso estivesse acontecendo no mundo e no Planeta, como se estivéssemos no auge da Era Industrial, aqui, na "República Rio-Grandense", se estuda a implantação de um Polo Carboquímico, aproveitando nosso carvão, mais rico em cinzas do que em calorias. E as discussões seguem os critérios da decadente Era Industrial: estudos de viabilidade técnica e econômica, geração de empregos, impactos ambientais, e por aí afora. Mudou o paradigma e não nos avisaram. Como diria aquele personagem dos anos 1980: "Chose de loque!".
Empresário
 
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