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Opinião

- Publicada em 19 de Julho de 2019 às 03:00

Lições da nova Previdência

Ninguém aprova uma reforma da Previdência sozinho. Pela abrangência, pelo impacto e pela complexidade, sobretudo num país de dimensões continentais como o Brasil, um texto que mexe diretamente com a vida de milhões de brasileiros precisa ser construído por diversos atores.
Ninguém aprova uma reforma da Previdência sozinho. Pela abrangência, pelo impacto e pela complexidade, sobretudo num país de dimensões continentais como o Brasil, um texto que mexe diretamente com a vida de milhões de brasileiros precisa ser construído por diversos atores.
O que o Brasil vivenciou na quarta-feira, dia 10 de julho, foi um processo fantástico de amadurecimento e fortalecimento das instituições, no qual os Poderes e os cidadãos trabalharam juntos em busca do bem comum. A magnitude da vitória obtida pode ser medida quando comparada a exemplos de outros países da América Latina. Chile e Peru modernizaram suas respectivas previdências durante regimes ditatoriais. Excluíram do debate, portanto, o Congresso e a sociedade civil.
Dessa forma, aqueles que pretendem restringir em apenas uma liderança a responsabilidade pela aprovação da nova Previdência não estão contribuindo com o aprimoramento da democracia brasileira. Pelo contrário: aderir à narrativa de um salvador da Pátria significa fortalecer um discurso cujo único objetivo é dividir e, assim, impedir desenvolvimento do País.
Para aprovar a nova Previdência, cada instância agiu em consonância com a sua prerrogativa. O Executivo apresentou um texto equilibrado, que atendeu às necessidades do Brasil para as próximas gerações - algo inédito na nossa história. As duas últimas reformas, realizadas pelos governos do PT, atuaram de forma paliativa e, consequentemente, apenas empurraram o problema do déficit da Previdência para o presidente seguinte.
A proposta seguiu então para a Câmara dos Deputados. O parlamento debruçou-se sobre as novas regras, adequando o conteúdo até que este fosse chancelado por 379 deputados: 71 votos a mais do que o mínimo necessário. Agora, o texto segue para o Senado. Paralelamente, o povo brasileiro atuou de maneira decisiva ao sair às ruas para pressionar o Congresso e ao participar ativamente das discussões nas redes sociais.
A nova Previdência, portanto, surge a partir de uma aliança entre diferentes segmentos da sociedade e do poder público. Uma lição que deve ser aprendida e replicada nos próximos debates que movimentarão o Brasil.
Deputado estadual (DEM)
 
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