Suspensão dos concursos, momento para avaliação

Para uma nova gestão, com visão diferente da anterior, fica difícil dar continuidade ao andamento de medidas que importem em aumento de despesas, sem realizar uma análise sobre a real necessidade da contratação de pessoal. Podem ocorrer gastos para os novos dirigentes honrarem, como já ocorreu em um passado recente. Uma batata quente para desgastar os sucessores. Se havia necessidade de pessoal, deveriam ter contratado antes.

Lembro de três situações. A primeira foi de um novo chefe que, ao assumir, recebeu dos funcionários um pedido de mais colaboradores. Analisou a situação, pediu a opinião do órgão competente, que concluiu pela extinção daquela unidade, pois suas tarefas eram típicas de outra que possuía estrutura para tal.

A segunda, quando da reorganização de uma área, ouvidos os subchefes, a conclusão foi que os três executavam a mesma atividade que, na realidade, pertencia a outro órgão.

A terceira, ao realizar estudo para atender pedido de pessoal, acabou sendo extinta pois a atividade não condizia com as demais tarefas que realizava.

Esses são exemplos da necessidade de revisão constante e um novo olhar sobre o fluxo de trabalho. As avaliações devem ser periódicas, sempre voltadas para a qualidade dos serviços, tanto com treinamento de pessoal suficiente, como com adoção de novas tecnologias. Lógico que deve ocorrer o desenvolvimento das rotinas que tornem o fluxo racional das tarefas, com menor tempo de realização, maior qualidade dos serviços e oferta do que há de melhor para satisfação dos usuários.

É certo que as finanças públicas federais estão abaladas por uma sucessão de equívocos que vem de longe. Uma razão para segurar novas contratações sem prejuízo do andamento das atividades e da eficácia dos serviços. Porém, deve haver um estudo rápido para atender as atividades mais prementes, com a qualidade da qual é merecedor cada contribuinte.