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Opinião

- Publicada em 18 de Julho de 2019 às 03:00

Por que as empresas fecham no Estado?

Lendo, na página 4 do Jornal do Comércio (edição de 08/07/2019), a manifestação do deputado estadual Fábio Branco (MDB), através de seu artigo Por que as empresas fecham no Rio Grande do Sul?, concluí, por conhecer o assunto, que suas conclusões são verdadeiras, porém, também entendo que ele omitiu aquelas razões que mais influenciam, há muito tempo, a debandada de nossas empresas do território gaúcho, para outros estados, principalmente para aqueles localizados nas regiões Sudeste e Nordeste.
Lendo, na página 4 do Jornal do Comércio (edição de 08/07/2019), a manifestação do deputado estadual Fábio Branco (MDB), através de seu artigo Por que as empresas fecham no Rio Grande do Sul?, concluí, por conhecer o assunto, que suas conclusões são verdadeiras, porém, também entendo que ele omitiu aquelas razões que mais influenciam, há muito tempo, a debandada de nossas empresas do território gaúcho, para outros estados, principalmente para aqueles localizados nas regiões Sudeste e Nordeste.
As empresas priorizam, acima de qualquer outra variável econômica e mercadológica, a questão da competitividade de seus produtos. Como é sabido, o Rio Grande do Sul está muito distante dos estados mais ricos, que mais consomem o que é produzido no País. Esses estados, que são São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, detêm, em conjunto, cerca de 60% do PIB brasileiro.
É até compreensível, por conta da lógica competitiva, que as empresas venham decidindo se instalar nesses estados, ou, ao menos, o mais próximo deles possível.
Para decidir adotar tal estratégia - a de se aproximar, ao máximo, do mercado consumidor -, basta atentar para o "poder de fogo" desses três estados que detêm em conjunto, aproximadamente 50% do PIB do Brasil.
Nosso Estado, cuja colocação no mesmo ranking caiu de histórico 4º lugar para o 5º lugar, foi ultrapassado pelo Paraná.
Mas isso, apesar de dramático, ainda não é tudo: se for aprovada a reforma tributária, nos termos previstos na projeto que tramita, com mais possibilidade de aprovação, no Congresso Nacional, em que não existirá mais o ICMS, principal tributo arrecadado pelos estados e que possibilita, hoje, que eles concedam incentivos fiscais, como é o caso do Fundopem-RS, ficará, então, totalmente inviabilizado.
Os incentivos fiscais, ao contrário do que pensa muita gente desinformada, são instrumentos indispensáveis para que as indústrias se mantenham e se instalem aqui, e possam manter condições de competitividade logística e preços, que lhes permitem colocar seus produtos no Centro do País, em condições similares às suas concorrentes, que lá se acham instaladas.
Por último, para não me alongar ainda mais, mas é muito importante citar, para que todos saibam, principalmente os nossos governantes, que o mercado cativo dos produtos (absorvidos por clientes localizados no Rio Grande do Sul) oriundos das empresas instaladas em território gaúcho é, raramente, superior a 8%.
O grande excedente do que é produzido por essas empresas é vendido para os outros estados da Federação, principalmente aqueles mais desenvolvidos. A maioria deles distantes, e que, por isso, demandam elevados gastos com logística, ou para o mercado externo.
Ex-coordenador do Fundopem/RS 
 
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