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Opinião

- Publicada em 16 de Julho de 2019 às 03:00

Embaixada nos EUA e a crise desnecessária

Quando ainda está em tramitação a reforma da Previdência, quando o empresariado em geral aguarda que a reforma tributária não apenas simplifique, mas diminua a carga que incide sobre os negócios no Brasil, quando a população também aguarda uma reforma política robusta que diminua os gastos excessivos no Congresso, eis que o presidente Jair Bolsonaro (PSL), fora totalmente do momento político atual e de maneira desnecessária, anuncia que poderá indicar seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao cargo de embaixador brasileiro nos Estados Unidos.
Quando ainda está em tramitação a reforma da Previdência, quando o empresariado em geral aguarda que a reforma tributária não apenas simplifique, mas diminua a carga que incide sobre os negócios no Brasil, quando a população também aguarda uma reforma política robusta que diminua os gastos excessivos no Congresso, eis que o presidente Jair Bolsonaro (PSL), fora totalmente do momento político atual e de maneira desnecessária, anuncia que poderá indicar seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ao cargo de embaixador brasileiro nos Estados Unidos.
Com isso, levantou uma polêmica contra ele, deixando pronto para os adversários e mesmo muitos apoiadores um motivo para novas críticas, não bastassem as que já estão postas há muitas semanas. Também gerou controvérsia entre seus apoiadores nas redes sociais. Dentre as publicações sobre o tema com maior engajamento nos últimos dias, a maioria é contra. Somente a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e, claro, o presidente Bolsonaro, postaram apoio à indicação.
Em linha semelhante, o escritor Olavo de Carvalho, que havia se recolhido após controvérsias que teve pelas redes sociais desde os Estados Unidos, onde reside, disse que a tarefa de embaixador seria incompatível com a missão de Eduardo dada pelo seu pai: a criação de uma CPI no Congresso sobre o Foro de São Paulo. Segundo Olavo, a CPI corre riscos se não for assumida por Eduardo.
Em novembro, durante a transição de governo, o escritor chegou a afirmar que, se fosse convidado para ser embaixador nos EUA, não recusaria o cargo e que este seria o único posto que aceitaria no governo do presidente Jair Bolsonaro.
A proximidade do filho de Bolsonaro com a família do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é o principal argumento em defesa da indicação a embaixador em Washington. Claro que, legalmente, a nomeação de um embaixador é para um cargo político, não necessariamente precisa ser de um diplomata de carreira.
Se Donald Trump poderá indicar também um seu filho para a embaixada dos EUA no Brasil, que seja dele a primeira iniciativa. Depois, sim, que venha a nomeação de Eduardo Bolsonaro. Seria uma situação mais palatável e sem tantas críticas, pela reciprocidade. Enfim, um desgaste presidenciável totalmente desnecessário, neste momento da quadra político-institucional do País.
 
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