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Opinião

- Publicada em 15 de Julho de 2019 às 03:00

Liquidações são a saída do comércio para a crise

Até poucos anos, liquidações no comércio de Porto Alegre e em geral no Estado ocorriam quando do final das estações. No entanto, nem entramos no inverno e há lojas vendendo com remarcações. Após a onda de palavras do idioma inglês, trazidas após incursões de lojistas em Nova Iorque, como "Sale" e "Off", agora o que se lê são ofertas na base do "compre três e pague dois".
Até poucos anos, liquidações no comércio de Porto Alegre e em geral no Estado ocorriam quando do final das estações. No entanto, nem entramos no inverno e há lojas vendendo com remarcações. Após a onda de palavras do idioma inglês, trazidas após incursões de lojistas em Nova Iorque, como "Sale" e "Off", agora o que se lê são ofertas na base do "compre três e pague dois".
E isso serve desde o vestuário para o inverno, como eletroeletrônicos, móveis e eletrodomésticos cujos preços tiveram uma queda bem acentuada.
É o resultado da crise e a reação dos comerciantes diante da pouca procura dos porto-alegrenses, assustados com o parcelamento dos vencimentos, no caso do governo do Estado e atingindo principalmente o Executivo.
Além disso, é grande o número de imóveis à venda, desde apartamentos, casas e chegando a salas e lojas, algumas das quais bem antigas e tradicionais em diversos bairros da Capital.
Mesmo com o hiato positivo pela vinda de torcedores uruguaios, argentinos e paraguaios para os jogos da Copa América em Porto Alegre, o setor hoteleiro também sente os reflexos da baixa procura, principalmente no Centro Histórico da Capital.
A situação de penúria do funcionalismo em geral e o desemprego que assola milhares de jovens são apontados como as causas principais da pouca movimentação no comércio da cidade.
Além disso, há a concorrência, geralmente ilegal, de camelôs vendendo produtos de procedência no mínimo duvidosa e, segundo autoridades fazendárias do Estado e da Capital, há muito contrabando sendo ofertado nas esquinas e ruas por preços evidentemente mais baixos do que os praticados no comércio estabelecido, que paga impostos e tem empregados formais.
Vendas fracas no comércio lojista trazem queda na arrecadação de tributos e isso, em consequência, se reflete nos Tesouro do Estado e na Fazenda Municipal.
Por isso não surpreende, entre outros motivos, quando o governo estadual continua parcelando vencimentos, estressando o funcionalismo. Na prefeitura da Capital, até junho o pagamento dos servidores ativos e inativos foi feito sempre no último dia do mês. Mas, a partir de julho não há ainda, uma posição oficial, mesmo com o trabalho feito pela Receita Municipal, que conseguiu recuperar, nos últimos 12 meses, R$ 1 bilhão no Imposto Sobre Serviços (ISS) na Dívida Ativa.
 
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