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Opinião

- Publicada em 10 de Julho de 2019 às 17:17

Está na hora de os sindicatos acordarem

Todos estamos impactados com o fechamento da Duratex, de São Leopoldo. Quem não comprou ou ao menos conheceu um mostruário da Deca? Ainda que a empresa mantenha ativa operações em outras plantas, causa desconforto a notícia trazida pelos órgãos de imprensa.
Todos estamos impactados com o fechamento da Duratex, de São Leopoldo. Quem não comprou ou ao menos conheceu um mostruário da Deca? Ainda que a empresa mantenha ativa operações em outras plantas, causa desconforto a notícia trazida pelos órgãos de imprensa.
Apesar de toda crise econômica e de reiterados eventos que resultam no fechamento de postos de trabalho, o ambiente das negociações coletivas não sofreu grande transformação.
Os sindicatos que representam os trabalhadores permanecem abraçados ao antigo modelo de negociação e até mesmo de arrecadação de contribuições. Insistem as entidades sindicais, apesar da CLT dispor em sentido contrário, em impor contribuições aprovadas em assembleias e apresentar extensas pautas de reivindicação de novos direitos, mesmo no atual momento em que as empresas estão literalmente na “UTI”.
Está na hora de os sindicatos despertarem. O momento não é de novas exigências ou de ampliação de direitos, mas sim, de facilitação da relação entre empregado e empregador para que se garanta a manutenção do trabalho. Urge sejam viabilizadas ferramentas de flexibilização como regimes compensatórios, possibilidade de redução de intervalos, controle de ponto alternativo, dentre outras.
Pior que ceder nesse momento é não ter com quem negociar. Os empregadores precisam de fôlego e os trabalhadores precisam de segurança e de seus postos de trabalho. Evidentemente, não se está aqui afirmando que os empregados sejam os responsáveis pela crise econômica – aliás, dela também são vítimas. O que o momento reclama é efetiva união. Produtividade e maior eficiência precisam estar presentes na força de trabalho para que as empresas tenham competitividade, ainda mais quando o movimento é de abertura de mercado.
Os tempos atuais não são de maior proteção paternalista e sim de preparação, treinamento, dedicação e colaboração. Não somos uma ilha isolada e quem mantém esse pensamento, talvez sem perceber, contribui para o desemprego de muitos.
Advogado trabalhista
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