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Opinião

- Publicada em 26 de Junho de 2019 às 18:47

Um chasque de qualidade

Apesar de vivermos uma era onde a comunicação e a informação são onipresentes, isso não quer dizer que nossa qualidade como chasques consiga acompanhar essa velocidade em termos de qualidade, sem que nos empenhemos em seu aprimoramento.
Apesar de vivermos uma era onde a comunicação e a informação são onipresentes, isso não quer dizer que nossa qualidade como chasques consiga acompanhar essa velocidade em termos de qualidade, sem que nos empenhemos em seu aprimoramento.
As maiores dificuldades dos chasques se encontram em não delimitarem o campo ao que é observável, deliberando imaginariamente diversas realidades paralelas que originam mais apreensão do que soluções. Outro ponto de importância na qualidade do chasque é não se dar conta das necessidades, suas e do outro, o que funciona como uma espécie de sublinhado naquilo que se deseja expressar. Um terceiro ponto é a expressão dos sentimentos. Um chasque bem instruído traz em sua mensagem as motivações emocionais no que reporta, uma vez que são elas que movem primariamente. Por fim, o chasque em si apresenta algo na forma de um pedido, o que pode acabar sendo entendido de verdade como um pedido baseado em observação, necessidade e sentimento, ou acabar soando como uma exigência. Nesse último caso, nosso interlocutor só tem duas opções: ou submeter-se, ou rebelar-se.
Essas ideias, que provêm do modelo de comunicação conhecido como Comunicação Não-Violenta, são a matriz para novos paradigmas em nossos contatos intra e interpessoais, de modo que a comunicação em si seja gerada por chasques mais assertivos, objetivos e positivamente persuasivos. Não se trata de ser apenas bem-educado: trata-se de possibilitar ao chasque o seu melhor resultado, e ajudar com que ele chegue ao coração e à mente de quem ele precisa alcançar.
Somos levados a repetir padrões comunicativos ao longo da vida, e dificilmente paramos para nos perguntar se esses padrões estão realmente sendo efetivos ou não, até o momento em que pensamos em nossos resultados como chasques. Qual tem sido o grau de sucesso em nossas abordagens comunicativas?
E antes de encerrar, caso eu porventura não tenha observado que algum interlocutor não estivesse me acompanhando, “chasque” é uma palavra utilizada nos círculos nativistas do Rio Grande do Sul, que significa “mensageiro”. Posso também não ter percebido a necessidade do meu leitor em saber disso desde o começo, nem seus sentimentos em relação a isso durante a leitura dessa mensagem. Também, não lhe pedi que soubesse o significado de antemão. Se for assim, comprometo-me, da próxima vez, a melhorar minhas habilidades como chasque!
Coach, Canoas/RS
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