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Opinião

- Publicada em 14 de Junho de 2019 às 03:00

Brasil e Argentina e a esperança no acordo Mercosul UE

Não tivesse sido acertado em definitivo, a recente visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) a Buenos Aires reacendeu - novamente - a esperança de que o acordo comercial entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE) poderá sair em até 90 dias.
Não tivesse sido acertado em definitivo, a recente visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) a Buenos Aires reacendeu - novamente - a esperança de que o acordo comercial entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE) poderá sair em até 90 dias.
É uma boa notícia em meio a tantas outras, bem desanimadoras. Mas, esse tipo de esperança vem sendo renovado - e jamais concretizado - há mais de uma década. Os europeus, agora liderados pelos agricultores franceses, entre outros, não querem saber da concorrência dos produtos da Argentina, muito menos, os do Brasil. Além disso, Brasil e Argentina, especialmente, não podem ceder demais para fechar o negócio que, como diz o ditado popular, só é bom se for bom para os dois lados, no caso, do Atlântico.
Sempre é levantada uma razão, pelos europeus, para retardar o acordo. No fundo, está mais do que claro há alguns anos, é, repete-se, o medo pela concorrência dos nossos produtos agrícolas, tão bons ou melhores que os produzidos em alguns países do Velho Mundo. Também, e principalmente, mais baratos, mesmo com o custo dos fretes.
Antes foi a Operação Carne Fraca da Polícia Federal que travou as negociações que estavam bem adiantadas. Agora em Buenos Aires, Mauricio Macri e Jair Bolsonaro, junto com seus ministros da Economia, alardearam que um acordo poderá sair no máximo em 90 dias.
Negociadores da UE e do Mercosul trocaram ideais e consultas em Buenos Aires para discutir detalhes. Mas, a desconfiança continua muito grande sobre a concretização. Entre outros motivos, principalmente por conta do comércio de produtos agropecuários, onde o Brasil desponta com as carnes bovina, suína e de frangos. Há uma pressão em torno do governo e dos parlamentares da Comissão Europeia para que muitas cautelas sejam tomadas a fim de que o acordo seja assinado. São tantas que ocorre o que já citamos muitas vezes, nada é concretizado entre o Mercosul e a UE.
Claro que não se pode menosprezar o abalo sofrido na UE com a saída do Reino Unido do bloco - assunto que também se arrasta e levou à demissão da primeira-ministra Theresa May.
Enquanto organizações poderosas tentar influenciar negativamente os consumidores europeus ao criarem uma imagem falsa sobre as condições de produção no Brasil, o acordo não sai. Mas, em apenas um ano, o Brasil exportou cerca de US$ 2,5 bilhões de carne, frango e derivados para a UE.
 
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