Pacto entre os Poderes para destravar o Brasil

Tem sido tema recorrente, repetitivo mesmo, a ideia de que o Brasil tem que ser, literalmente, destravado para que a economia comece a andar além dos míseros índices anunciados semanalmente para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. No primeiro trimestre do ano, caiu 0,2%. Os percentuais somente têm recuado, justamente quando a necessidade crucial é pelo aumento de investimentos. Com eles, mais empregos e renda para fomentar a indústria, o comércio e os serviços.

Com essa vontade nacional, é de se festejar quando o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, afirmou que um pacto entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário é fundamental para o atendimento das demandas da população.

É preciso entendimento entre os Poderes para fazer andar uma pauta de crescimento econômico em várias frentes. Com isso, muitos problemas começarão a ser resolvidos, especialmente os mais básicos e que são aguardados há anos pela população, mais educação, saúde e segurança.

O título daquilo que foi tratado na reunião que, se os seus objetivos forem alcançados será um marco talvez até histórico, é um Pacto pelo Brasil. Elaboraram ou pelo menos tiveram consenso sobre o assunto o presidente Jair Bolsonaro (PSL), Dias Toffoli, presidente do STF, e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O documento deverá ser assinado em 10 de junho, quando o governo pretende promover um grande ato, no Palácio do Planalto. A assinatura desse compromisso mostrará aos brasileiros que os Três Poderes estão imbuídos da necessidade de destravar o Brasil para retomar o crescimento e a geração de empregos, o que é verdade.

Há um cansaço cívico quando o tempo passa e pouco é resolvido em termos práticos, com os problemas de anos passados continuando na pauta diária, mas sem solução, no curto, no médio ou mesmo no longo prazo.

Evidentemente que para conseguir algo de positivo e o mais breve possível é fundamental o consenso entre os Poderes para dar uma resposta a pontos prioritários, como as reformas da Previdência e tributária, a repactuação fiscal e federativa e o combate à criminalidade e à corrupção, pontos que os brasileiros sabem de cor e salteado como as máximas aspirações da nacionalidade nos dias que correm e, mais ainda, para os meses e anos que virão.

Jair Bolsonaro disse não concordar com os ataques ao Legislativo e ao Supremo, no que fez muito bem. Bom senso, calma e trabalho, é disso que precisamos. Chega de controvérsias inúteis.