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Opinião

- Publicada em 29 de Maio de 2019 às 03:00

Um segundo contra a violência!

É louvável a iniciativa de conscientizar a população quanto à violência e a prática da pirataria. A campanha "1 segundo contra a violência: você decide se ela avança", já amplamente divulgado pela imprensa, incluindo o Jornal do Comércio, revela algo que o tema exige reflexão também dos leitores: qualquer ação ilícita, por mais irrisória que transpareça ser, tem seu efeito nefasto para fomentar grupos criminosos, e por consequência, reproduzir mais violência para a sociedade.
É louvável a iniciativa de conscientizar a população quanto à violência e a prática da pirataria. A campanha "1 segundo contra a violência: você decide se ela avança", já amplamente divulgado pela imprensa, incluindo o Jornal do Comércio, revela algo que o tema exige reflexão também dos leitores: qualquer ação ilícita, por mais irrisória que transpareça ser, tem seu efeito nefasto para fomentar grupos criminosos, e por consequência, reproduzir mais violência para a sociedade.
Explico, sem receio de exagerar. O artigo vendido nas calçadas, sem procedência, como, por exemplo, os óculos, além de causar danos irreversíveis à visão, financia não só quadrilhas que aliciam imigrantes ou trabalhadores para a ilegalidade, mas contribui para sonegação fiscal e a constituição de uma rede de depósitos clandestinos, abrigando mais ações para o crime.
Em outras palavras, esta prática é o financiamento explícito e direto para a criminalidade e corrupção, uma vez que as organizações criminosas são financiadas pelo comércio ilegal. Observando por um outro aspecto, vagas formais em estabelecimentos comerciais deixam de ser criadas em razão da concorrência desleal, para não dizer, em fechar as portas e aumentar o desemprego.
Não fico por aqui. Afinal, a chamada economia subterrânea movimentou no Rio Grande do Sul mais de R$ 76 bilhões o que equivale a uma perda anual próxima de R$ 5,6 bilhões na arrecadação do Estado, conforme dados do Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGC/Ibre). E o Poder Público? O que faz para frear este avanço?
Em 2018, a Receita Federal apreendeu o equivalente a R$ 3,1 bilhões em mercadorias no País, incluindo cigarros, perfumes e vestuário. Então, a síndrome do "coitadismo" de quem comercializa ilegalmente, encarada pelo consumidor ávido pelo produto mais barato, não pode ser menosprezada diante do financiamento para o crime, mesmo em uma inocente compra de um maço de cigarro na rua - contrabandeado do Paraguai, que fragiliza a vigilância das fronteiras e abre frentes para o tráfico de drogas e armas -, e por aí vai. Fique atento à propaganda veiculada na TV e pense que, em 1 segundo, tudo pode acontecer.
Diretor executivo do Sindióptica/RS
 
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