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Opinião

- Publicada em 23 de Maio de 2019 às 03:00

A dignidade profissional do obstetra

O termo "violência obstétrica" ganhou repercussão nos últimos anos, sendo aplicado de forma equivocada e inadvertida contra os obstetras, que ao contrário do que vem sendo pregado querem uma medicina eficaz e de qualidade para as pacientes. Em maio, o Ministério da Saúde se posicionou, esclarecendo que o termo "violência obstétrica" é inadequado, não agrega valor e prejudica a busca do cuidado humanizado no processo gestação-parto-puerpério. De acordo com o documento, percebe-se a impropriedade da expressão "violência obstétrica" no atendimento à mulher, pois que, tanto o profissional de saúde quanto os de outras áreas, não têm a intenção de prejudicar ou causar dano a ninguém. Nenhum obstetra que dedica anos à sua formação (nove anos entre graduação e residência) enfrentando as mais diferentes adversidades seja por falta de estrutura para a realização do pré-natal nos postos de saúde ou no ambiente hospitalar como falta de leitos, banco de sangue e estrutura mínima para atender as gestantes, pensaria em ser abusivo com as pacientes. A palavra obstetra vem do latim obstetrix, do verbo obstare, que significa "ficar ao lado de". O obstetra é literalmente alguém que fica do lado da gestante e que ajuda no parto. Quando falamos de uma medicina humanizada e voltada para o cuidado integral, a obstetrícia e a ginecologia têm a responsabilidade do cuidado da saúde da mulher incluindo infância, puberdade, vida adulta e terceira idade. A verdadeira face da violência obstétrica no País reside no corte de investimentos que desafia todos os dias o obstetra pelo direito ao nascimento de mais crianças com dignidade e segurança. O Ministério da Saúde, em 2015, registrou no País 62 mortes por 100 mil nascidos vivos. Já em 2016, esse número subiu para 64 óbitos de gestantes por 100 mil partos. As causas de morte materna no Brasil estão relacionadas à falta de acesso e atenção pré-natal, ao parto e ao puerpério.
O termo "violência obstétrica" ganhou repercussão nos últimos anos, sendo aplicado de forma equivocada e inadvertida contra os obstetras, que ao contrário do que vem sendo pregado querem uma medicina eficaz e de qualidade para as pacientes. Em maio, o Ministério da Saúde se posicionou, esclarecendo que o termo "violência obstétrica" é inadequado, não agrega valor e prejudica a busca do cuidado humanizado no processo gestação-parto-puerpério. De acordo com o documento, percebe-se a impropriedade da expressão "violência obstétrica" no atendimento à mulher, pois que, tanto o profissional de saúde quanto os de outras áreas, não têm a intenção de prejudicar ou causar dano a ninguém. Nenhum obstetra que dedica anos à sua formação (nove anos entre graduação e residência) enfrentando as mais diferentes adversidades seja por falta de estrutura para a realização do pré-natal nos postos de saúde ou no ambiente hospitalar como falta de leitos, banco de sangue e estrutura mínima para atender as gestantes, pensaria em ser abusivo com as pacientes. A palavra obstetra vem do latim obstetrix, do verbo obstare, que significa "ficar ao lado de". O obstetra é literalmente alguém que fica do lado da gestante e que ajuda no parto. Quando falamos de uma medicina humanizada e voltada para o cuidado integral, a obstetrícia e a ginecologia têm a responsabilidade do cuidado da saúde da mulher incluindo infância, puberdade, vida adulta e terceira idade. A verdadeira face da violência obstétrica no País reside no corte de investimentos que desafia todos os dias o obstetra pelo direito ao nascimento de mais crianças com dignidade e segurança. O Ministério da Saúde, em 2015, registrou no País 62 mortes por 100 mil nascidos vivos. Já em 2016, esse número subiu para 64 óbitos de gestantes por 100 mil partos. As causas de morte materna no Brasil estão relacionadas à falta de acesso e atenção pré-natal, ao parto e ao puerpério.
Presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia/RS
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