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Opinião

- Publicada em 17 de Maio de 2019 às 03:00

As verbas para a educação e as universidades federais

De pleno, é fundamental reafirmar--se que somente por meio de uma educação ampla, desde a infância, passando pelo Ensino Fundamental, Ensino Médio e chegando às universidades é que o Brasil dará um salto de qualidade socioeconômica e com menos exclusão social.
De pleno, é fundamental reafirmar--se que somente por meio de uma educação ampla, desde a infância, passando pelo Ensino Fundamental, Ensino Médio e chegando às universidades é que o Brasil dará um salto de qualidade socioeconômica e com menos exclusão social.
No entanto, estamos com uma crise financeira que assola o País há alguns anos. Jair Bolsonaro (PSL) foi eleito com a defesa de uma agenda liberal para a economia, com promessa de reduzir os gastos do governo e diminuir a interferência do Estado no mercado. Déficit recorrente é a razão fundamental para a contenção de gastos em órgãos governamentais da União, incluindo-se aí as universidades federais. No caso gaúcho, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020 agrega déficit de R$ 4,3 bilhões.
No entanto, mesmo com razão em contingenciar gastos, o presidente Jair Bolsonaro tem que aprimorar o contato com políticos, com um linguajar sóbrio e educado. Não foi o caso no corte de 30% nos orçamentos das universidades federais, corte, aliás, praticado nos governos anteriores ao seu, sem alarde.
Entidades da oposição se aliaram a estudantes que foram às ruas reclamar disso, mesmo que o contingenciamento esteja atrelado à arrecadação de tributos. Ou seja, se a economia melhorar, as universidades terão recursos.
O presidente demonstrou, mais uma vez, ser pouco afeito ao esclarecimento direto via mídias tradicionais, com menos uso de redes sociais, de onde só se conhece uma opinião, a de quem coloca frases e mais frases diariamente. Acabou que o presidente Jair Bolsonaro teve que enfrentar, mesmo à distância, a primeira, grande e geral manifestação de rua contra ele.
O gênio forte de dizer o que pensa sem medir as consequências das palavras, fez com que os manifestantes fossem classificados, desde Dallas, Texas, nos Estados Unidos, como "idiotas úteis, imbecis". Adjetivação grosseira e desnecessária. Afinal, ele é o presidente do Brasil.
Melhor seria explicar a necessidade de economia na administração. E, novamente, após a gritaria das ruas, o recuo, pois 67% das vagas nas áreas de mestrado e doutorado em pesquisas científicas no Estado foram mantidas. Eleito democraticamente, Jair Bolsonaro não mudou sua maneira impositiva de ser, justamente o que o levou à presidência da República.
Por certo que tem o apoio dos que o elegeram. Mas, não se pode negar um desgaste advindo de frases e pensamentos que mesmo sendo coerentes com sua pregação como candidato, tão somente levam a atritos que bem poderiam ser evitados e que, na maioria das vezes - os fatos estão confirmando - só o atritam. Há muitas discussões, oposições e idas e vindas com o seu ministério, onde primeiro se brada algo publicamente e, com ruidosas opiniões contrárias, aí são feitos esclarecimentos. A ordem poderia ser invertida, primeiro explicar, falar, dialogar, convocar reuniões para somente depois aplicar o receituário contra a crise financeira, que é sim necessário. Em nível federal e também aqui no Rio Grande do Sul.
A manifestação, no geral, foi pacífica e os números revelados pelos organizadores foram exagerados. No entanto, isso não desmerece o movimento, o qual deve ser bem avaliado e pensado. Que o primeiro, grande e forte grito das ruas sirva de aprendizado para um governo que não tem sequer cinco meses no poder, mas deve fazer o que é preciso. Com jeito, sem tantos atritos, alguns desnecessários, e sem perder o foco na economia do erário.
 
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