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Opinião

- Publicada em 07 de Maio de 2019 às 03:00

O elevado desemprego que afeta a milhões no Brasil

Enquanto outros assuntos de menos importância tomam conta do noticiário e povoam a mente de milhões de brasileiros, fica quase em segundo plano a triste notícia de que faltava emprego para 28,324 milhões de pessoas no País no trimestre encerrado em março.
Enquanto outros assuntos de menos importância tomam conta do noticiário e povoam a mente de milhões de brasileiros, fica quase em segundo plano a triste notícia de que faltava emprego para 28,324 milhões de pessoas no País no trimestre encerrado em março.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa composta de subutilização da força de trabalho aumentou de 23,8% no trimestre até dezembro de 2018 para o nível recorde de 25% no trimestre até março deste ano.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial - pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até março de 2018, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa, em 24,6%. Não que sirva de consolo, mas, pelo menos, não era tão terrível como o agora divulgado.
Ainda pelos dados do IBGE, a população desocupada, com 13,4 milhões de pessoas, cresceu 10,2%, acrescentando mais 1,2 milhão no trimestre encerrado em março, na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2018. Tanto é assim que os aplicativos de serviços se tornaram o maior "empregador" do País, como mostrou reportagem publicada no Jornal do Comércio.
O total de trabalhadores formais no País desceu a 91,863 milhões no trimestre encerrado em março, conforme os dados da Pnad Contínua. Tudo também em decorrência do fato de que o mercado de trabalho fechou 24 mil vagas com carteira assinada no setor privado no trimestre encerrado em março, em relação ao trimestre terminado em dezembro de 2018.
Ao mesmo tempo, o contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado diminuiu em 365 mil pessoas. O setor público fechou 234 mil postos no trimestre. O emprego como trabalhador doméstico encolheu em 149 mil pessoas. Outros 25 mil indivíduos deixaram o trabalho por conta própria. O contingente de empregadores encolheu em 85 mil pessoas.
Uma situação nova também cresceu no Brasil, com 4,843 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em março. Desistiram, de procurar emprego. Isso representa 180 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2018. Esse é o problema que merece total atenção em todos os níveis de governo, federal, estaduais e municipais.
Pessoas sem emprego sentem-se frustradas e, algumas, descambam para atitudes nada recomendáveis, entre as quais temos até mesmo o suicídio. Sem falar na tentação de buscar na senda do crime o sustento que não conseguem pelas vias normais.
Observando a situação do País chega a irritar quando temas menores dominam debates nas redes sociais, ainda que se defenda não só a existência destas mídias como a liberdade de expressão delas. Versões as mais estapafúrdias são colocadas e milhares ou mesmo milhões as divulgam se julgando como espertos diante das massas que acessam os diversos meios de mensagens pela internet.
Diante destes números do IBGE, temos que fazer algo e o mais depressa possível. Basta de discussões sobre preferências sexuais, endeusamentos deste ou daquele líder, críticas exacerbadas por conta de opiniões sobre temas inexpressivos.
É preciso governar, enfrentar problemas, mas sem alimentar debates absolutamente estéreis, como temos visto, e que não ajudam em nada na solução da geração de empregos.
 
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