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A queda de participação da indústria no PIB nacional, registrada no primeiro bimestre, é mais um indicativo daquilo que alerto há tempos: estamos a caminho de um enfraquecimento irreversível da atividade industrial brasileira. Essa afirmação anualmente se confirma em números. Em 2018, chegamos ao menor patamar desde a década de 70. A projeção para este ano, se nada for feito, também não desperta otimismo. Tal desempenho reflete a baixa atenção dedicada ao setor nas estratégias que buscam a retomada do crescimento no País. Aliás, pouca coisa evoluiu nesse cenário nos últimos tempos - apesar dos movimentos e sinais de sobrevivência diante da crise. É paradoxal que um país com tamanha vocação industrial não tenha conseguido criar uma política pública consistente para a área.
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A queda de participação da indústria no PIB nacional, registrada no primeiro bimestre, é mais um indicativo daquilo que alerto há tempos: estamos a caminho de um enfraquecimento irreversível da atividade industrial brasileira. Essa afirmação anualmente se confirma em números. Em 2018, chegamos ao menor patamar desde a década de 70. A projeção para este ano, se nada for feito, também não desperta otimismo. Tal desempenho reflete a baixa atenção dedicada ao setor nas estratégias que buscam a retomada do crescimento no País. Aliás, pouca coisa evoluiu nesse cenário nos últimos tempos - apesar dos movimentos e sinais de sobrevivência diante da crise. É paradoxal que um país com tamanha vocação industrial não tenha conseguido criar uma política pública consistente para a área.
Enquanto o País se dividiu em radicalismos ideológicos, pouco vimos de concreto em relação à indústria, que amarga perda de competitividade frente aos importados, fruto da concorrência desleal e do altíssimo Custo Brasil. Essa situação tende a piorar se a abertura comercial sinalizada pelo governo federal não for realizada em etapas, acompanhada do enfrentamento dos gargalos logísticos e da alta carga tributária. É urgente recuperar a confiança e a força das nossas empresas para reverter o quadro de declínio. A indústria sempre teve um papel determinante nos ciclos econômicos mundiais, tanto no crescimento quanto na recessão. Implementar uma política de planejamento e estímulo, que dê segurança para o mercado nacional, significa fomentar um setor que pode dar respostas mais fortes e rápidas à economia, aumentando a arrecadação e gerando empregos. A oportunidade está posta novamente. O País precisa. E a nossa indústria pede passagem.
Ex-governador do Rio Grande do Sul, Presidente do Instituto Reformar