O Polo Carboquímico do Rio Grande do Sul

O fim do carvão tem sido propagado por vários veículos de mídia no mundo e retransmitido no Brasil.

Os alarmistas esqueceram de olhar para a revolução industrial que continua a manter o investimento na cadeia produtiva que usa carvão de modo sustentável (cimento, aço, ureia, amônia, etanol e energia elétrica).

A experiência europeia mostra que as expansões das energias renováveis ainda não levaram a uma redução uniforme no uso do carvão. No caso da Alemanha ainda participa com 40% na matriz e geração de energia elétrica sustentável.

Afinal, quais são as tecnologias modernas e inovadoras e sustentáveis que já estão disponíveis no mercado e que ainda são pouco utilizadas, ou até desconhecidas de uma forma geral, e que fariam a diferença no aproveitamento do carvão mineral no Rio Grande do Sul e no Brasil?

A implantação do Polo Carboquímico do Rio Grande do Sul seria uma resposta a estes anseios antigos de aproveitamento sustentável do carvão, sendo seu uso diversificado, uma fonte de energia e a independência do Rio Grande do Sul, na importação de insumos químicos para fertilizantes e a produção de gás sintético para indústrias e transportes. O investimento na implantação desse empreendimento é calculado, hoje, em torno de US$ 1,3 bilhão, para uma geração de cerca de 2 milhões de metros cúbicos diários de gás. Com reservas estimadas para 500 anos.

Com a produção de insumos para a indústria de fertilizantes, biocombustíveis e química em geral, o Polo Carboquímico pode gerar, em estimativa preliminar do impacto acumulado entre 2019 a 2042, R$ 23 bilhões no PIB, R$ 3 bilhões em ICMS e 7,5 mil empregos diretos.

Então, poderá ser este um dos maiores desafios positivos para o futuro do Rio Grande do Sul. O tema, pela sua importância para o Estado, será debatido em Porto Alegre pela Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul no dia 14 de maio, com a participação de especialistas no setor do Pais e do exterior.