Nossa Senhora do Mundo

Sobre os ombros da Catedral pousam gárgulas e quimeras. Do alto dos dois campanários da face dianteira do edifício religioso se contempla o desenho, a planta do projeto de Pierre de Montreuil, Antoine Lassus, Jean de Chelles, Jean de Bouteiller, Raymond du Temple e Jean Ravy: a cruz e a arte do entalhe, em padrões, em materiais da época.

No centro da Catedral gótica acontece episódio arquitetônico solene, a elevação de torre esbelta, piramidal, chamado de pináculo. Talhado à mão, feito de madeira, cujo corte e espera ao serviço da diocese do século XIV esperou décadas a evitar ação de insetos. É o ponto alto da Catedral e significa página da História.

A construção foi iniciada em 1163. Mas em 1345 a missa e o coro disseram à comunidade de Paris o término da obra gótica. E é, ainda, arquitetura gótica, mesmo nos dias, provocada a dizer a resistência do invento e concepção da cultura sublime. As paredes mais finas permitiram ao homem contemplar leveza em detrimento da pesada estrutura de porte da escola anterior, a românica. Contrafortes em arco apoiavam a extremidade na parede de modo a permitir novidade estética.

Templos anteriores, mais antigos, já ocuparam a área. Há registro de culto pagão da civilização romana de estrutura feita em pedra. Porém, a alta Idade Média oficial começará pela invasão da luz dos vitrais norte-sul dos braços do transepto ao longo da nave e também da abside, ao fundo, extremidade leste da Catedral, lugar projetado aos ofícios da fé e de capelas menores instaladas, onde no centro se instalou o altar. No percurso da edificação catedrais foram erguidas, sob os avanços arquitetônicos das catedrais de Chartres e Reims, 2ª torre mais alta da Europa, perde à de São Marcos, em Köln, Alemanha e em Amiens. Nossa Dama de Paris, casa de Quasimodo, lugar de assinatura diplomática e do coroamento de Napoleão, lugar peregrino, para ver a luz boa de suas rosáceas.