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Opinião

- Publicada em 17 de Abril de 2019 às 03:00

Solidariedade mundial para reconstruir Notre-Dame

O Velho Mundo tem a lamentar a destruição parcial da icônica igreja Notre-Dame, em Paris. Todo o telhado foi consumido pelo fogo, a armação foi destruída, parte da abóbada caiu, e a flecha, uma torre isolada de 93 metros revestida de chumbo sobre o teto da nave, desabou. Somente nesta terça-feira o mundo pode avaliar, contrito, de longe ou de perto, pelos parisienses, o estrago na atração turística mais visitada da Europa. Mas, a estrutura principal do monumento gótico de 850 anos, incluindo as duas torres, foi preservada em sua totalidade.
O Velho Mundo tem a lamentar a destruição parcial da icônica igreja Notre-Dame, em Paris. Todo o telhado foi consumido pelo fogo, a armação foi destruída, parte da abóbada caiu, e a flecha, uma torre isolada de 93 metros revestida de chumbo sobre o teto da nave, desabou. Somente nesta terça-feira o mundo pode avaliar, contrito, de longe ou de perto, pelos parisienses, o estrago na atração turística mais visitada da Europa. Mas, a estrutura principal do monumento gótico de 850 anos, incluindo as duas torres, foi preservada em sua totalidade.
A catedral estava passando por um intenso processo de reforma previsto para durar 20 anos ao custo de 150 milhões de euros. Ao detectar a fumaça, autoridades religiosas correram para remover artefatos, pinturas e outros tesouros culturais, antes de serem obrigadas pelos bombeiros a deixar a catedral. A luz do dia revelou a extensão dos danos: fragmentos de vitrais medievais de valor inestimável e um buraco no teto acima da área do coro, local sobre o qual a flecha caiu. Fragmentos da coroa de espinhos com a qual Jesus Cristo teria sido coroado e a túnica de São Luís, duas das mais importantes relíquias da Notre-Dame, estão fora das perdas. E devido aos trabalhos de reforma, 16 estátuas haviam sido retiradas na semana passada. A construção da Catedral de Notre-Dame na Ilha da Cidade, uma pequena ilha rodeado pelo rio Sena, foi iniciada em 1163 e se estendeu até 1345. A catedral é o monumento mais visitado de Paris e da Europa, à frente de outras construções, como o Museu do Louvre e a Torre Eiffel. No ano passado, foram mais de 13 milhões de visitas.
Notre-Dame é mais do que uma atração turística, pois foi objeto de inúmeras lendas e cenário de importantes obras literárias ao longo dos seus mais de oito séculos de história. Talvez a obra mais conhecida seja a Nossa Senhora de Paris, do escritor francês Victor Hugo, que foi publicada em 1831 e conta a história de Quasimodo, o corcunda que cuida dos sinos da igreja, na medieval capital francesa sob o reinado de Luís XI. O protagonista da história é Quasimodo, um homem surdo e deformado por uma corcunda, cujo trabalho é tocar o sino da catedral.
A catedral estava sendo restaurado desde o ano passado, quando a Igreja Católica da França fez um apelo por financiamento para salvar a estrutura, que estava com diversos problemas. Tudo indica que o fogo esteja relacionado ao trabalho de restauração.
O bilionário francês Bernard Arnault, entre outros doadores, e presidente do maior conglomerado de marcas de luxo do mundo, anunciou uma doação de 200 milhões de euros para a reconstrução da catedral, atendendo apelo do presidente francês Emmanuel Macron. A agência cultural das Nações Unidas, a Unesco, também prometeu apoiar a França na restauração do monumento, declarado Patrimônio da Humanidade em 1991. É lastimável o ocorrido para quem aprecia a história, para quem é religioso e visita monumentos em todos os países. Com o ocorrido em Paris vem à lembrança o recente episódio do incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro.
Reconstruída no que for possível mais jamais tendo materiais e alguns objetos que a imortalizaram no imaginário global, Notre-Dame com certeza iluminará a mente e os corações de todos os que não desprezam a arte e a cultura, no amplo sentido. A consternação mundial fará com que as doações permitam, em cerca de cinco anos, a reconstrução da igreja mais famosa da França, por todos conhecida, direta ou indiretamente. Nossa Senhora de Paris, a Notre-Dame, continuará viva na história do mundo, que não a esquecerá.
 
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