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Opinião

- Publicada em 12 de Abril de 2019 às 03:00

O papel humano do obstetra

O telefone toca, são 4h da manhã. No dia anterior dormi pouco, comi mal, estava cansada. Chego na maternidade e ao ouvir os batimentos do bebê meu ânimo muda, é música! O sono vai embora e entramos na imensidão de um parto. O termo "obstetrícia" vem da palavra latina "obstetrix", que significa ficar ao lado. O parto é dualidade: é dor e alegria, é suor e lágrimas, é silêncio e desespero, é superação! Muito tem se falado sobre humanização, e eu me pergunto o que realmente isso significa. Quando o parto tomou o ambiente hospitalar, houve a tendência de enxergá-lo como doença, procurando uma cura para a dor. Por outro lado, colaborou na redução das taxas de mortalidade de mães e bebês, permitiu a tomada de decisões com segurança e garantiu desfechos mais favoráveis.
O telefone toca, são 4h da manhã. No dia anterior dormi pouco, comi mal, estava cansada. Chego na maternidade e ao ouvir os batimentos do bebê meu ânimo muda, é música! O sono vai embora e entramos na imensidão de um parto. O termo "obstetrícia" vem da palavra latina "obstetrix", que significa ficar ao lado. O parto é dualidade: é dor e alegria, é suor e lágrimas, é silêncio e desespero, é superação! Muito tem se falado sobre humanização, e eu me pergunto o que realmente isso significa. Quando o parto tomou o ambiente hospitalar, houve a tendência de enxergá-lo como doença, procurando uma cura para a dor. Por outro lado, colaborou na redução das taxas de mortalidade de mães e bebês, permitiu a tomada de decisões com segurança e garantiu desfechos mais favoráveis.
Os hospitais estão cada vez mais preparados, as maternidades, com visual renovado, em nada lembram as estruturas tradicionais. Criamos ambientes tranquilos e familiares para o grande momento. Mais que a transformação física dos hospitais, os médicos estão próximos de seus pacientes. Defendo a obtenção de títulos e diplomas, pois acredito na importância do conhecimento e informação. No entanto, ser um bom médico vai muito além.
Significa criar vínculos, entender que do primeiro batimento ao primeiro choro existe um mundo de ansiedades, medo e sonhos. O obstetra renasce a cada nascimento. Sempre me perguntam como ter tanta disposição, eu respondo, esse é meu mundo, onde os sentimentos compensam o cansaço. Eu vibro, choro e tenho certeza que é mais que vocação, é uma missão. E a tal "humanização"? Não tem nada a ver com a posição, a luz ou a música de fundo. O que vendem como diferencial faz parte de uma rotina de respeito a quem entrega a vida do seu filho em nossas mãos. Temos que humanizar a assistência, mas saber a hora certa de indicar procedimentos necessários. Nesse 12 de abril, Dia do Obstetra, desejo mais humanidade a todos nós.
Médica ginecologista e obstetra
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