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Opinião

- Publicada em 24 de Março de 2019 às 01:00

Planejamento x Projetos

Paulo Vellinho
No final dos anos 1990, fui a Bruxelas, na condição de presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), com o propósito de me encontrar com o embaixador do Brasil junto à União Europeia, Jorio Dauster. Queria entender melhor as ações protecionistas contra o nosso frango já então praticadas pelos concorrentes internacionais. A reação do diplomata foi um verdadeiro "puxão de orelhas" ao dizer "não sei porque vocês gaúchos insistem em bater sempre na mesma tecla, sem respaldar vossos argumentos em um projeto dotado do respectivo planejamento".
No final dos anos 1990, fui a Bruxelas, na condição de presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), com o propósito de me encontrar com o embaixador do Brasil junto à União Europeia, Jorio Dauster. Queria entender melhor as ações protecionistas contra o nosso frango já então praticadas pelos concorrentes internacionais. A reação do diplomata foi um verdadeiro "puxão de orelhas" ao dizer "não sei porque vocês gaúchos insistem em bater sempre na mesma tecla, sem respaldar vossos argumentos em um projeto dotado do respectivo planejamento".
E foi além, afirmando que nada era apresentado para julgamento naquela Corte se não viesse acompanhado de um projeto de altíssima qualidade e conteúdo e executado por profissionais de renome, enfatizando que naturalmente isto tinha custo, mas encaminhado nestas condições, o resultado normalmente era de aprovação do pleito.
Relembrei este episódio quando vejo o nosso Rio Grande não explorar adequadamente suas potencialidades econômicas por carência de projetos e do respectivo planejamento. Exemplos existem à exaustão e vão desde a falta de aproveitamento da nossa extensa malha hidroviária e das reservas carboníferas até as múltiplas atrações turísticas representadas pelo Itaimbezinho e as lagoas da faixa litorânea, só para citar algumas.
Constato, com tristeza, que este lamentável quadro decorre da maldita mania do gaúcho de "pensar pequeno" e, o que é pior, de se preocupar sempre com o que o "meu vizinho vai ganhar" ou que o "caranguejo possa sair do balde", esquecendo que qualquer investimento ou atividade profissional precisa ser remunerada e que empreendimentos só se tornam viáveis quando embasados em rigorosos padrões em termos de projetos e planejamento, tendo sempre em vista preservar o lucro.
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