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Opinião

- Publicada em 20 de Março de 2019 às 01:00

A demora na finalização das obras da Copa 2014

A Copa do Mundo de 2014 teve como uma das sedes Porto Alegre. Todos se ufanaram, com razão, em ter a capital do Estado recebendo seleções de outros países em jogos que atraíram muito a atenção dos torcedores, como era esperado. Em paralelo, em 2013, antes do maior evento do futebol mundial, a prefeitura anunciou obras que facilitariam, principalmente, o trânsito na cidade, o qual, evidentemente, sofreria um forte acréscimo, pelo menos nos dias de jogos.
A Copa do Mundo de 2014 teve como uma das sedes Porto Alegre. Todos se ufanaram, com razão, em ter a capital do Estado recebendo seleções de outros países em jogos que atraíram muito a atenção dos torcedores, como era esperado. Em paralelo, em 2013, antes do maior evento do futebol mundial, a prefeitura anunciou obras que facilitariam, principalmente, o trânsito na cidade, o qual, evidentemente, sofreria um forte acréscimo, pelo menos nos dias de jogos.
Além disso, o número de veículos circulando aumentava sempre, como até hoje, e as vias não davam, especialmente em certos horários, vazão. Em razão disso, a prefeitura e suas secretarias da época trataram de anunciar o início das mudanças, onde as chamadas trincheiras, passagens de nível em cruzamentos movimentados nos bairros, seriam feitas. Falava-se, com razão, que as obras da Copa de 2014 ficariam como legado para a Capital, mesmo que alguns tivessem preconceito contra a competição, pois existiam - e ainda estão presentes - outras necessidades importantes para a população das cidades-sedes das chaves, começando, no caso de Porto Alegre, pela educação, saúde e segurança. No entanto, a maioria dos melhoramentos feitos com vistas à Copa do Mundo de 2014 ficariam para ser aproveitada pelos porto-alegrenses e os que visitariam a cidade, tão amada, mas, geralmente, também mal cuidada por nós mesmos. A Câmara Municipal debateu projeto de lei do Executivo que alterava o Plano Plurianual 2010-2013, criando o Programa Porto Alegre Copa 2014, com obras que com investimentos de R$ 730 milhões.
Porém, entraves burocráticos, jurídicos e até quanto à explosão de uma rocha na Anita Garibaldi atrasaram as realizações. As ações previstas eram a duplicação da avenida Edvaldo Pereira Paiva, a popular Beira-Rio, que está pronta; duplicação da Voluntários da Pátria; construção de dois viadutos e três passagens de nível na Terceira Perimetral; implantação de monitoramento eletrônico em corredores de ônibus; implantação do sistema Bus Rapid Transit (BRT) nos corredores de ônibus; melhorias no trânsito junto à estação rodoviária, com viaduto inaugurado; duplicação da avenida Tronco, com 1.550 famílias a serem removidas e com a terceira licitação sendo feita para a construção das novas moradias; construção de casas populares para moradores das vilas Dique e Nazaré; prolongamento da avenida Severo Dullius; e reforma do Hospital de Pronto Socorro.
Passados quase cinco anos, eis que na última terça-feira foi liberada a trincheira da Cristóvão Colombo. O inusitado é que a obra foi colocada em uso com a ação coordenada de empresários e moradores da região no entorno da obra. Mas, como veiculado, com a prestimosa colaboração da prefeitura. Neste caso, uma inversão das ações. E isso que os acabamentos finais ainda serão bancados por empresários e moradores, como a sinalização viária da trincheira. Nada contra, pelo contrário, boa a participação privada na ajuda, no caso, pelo término da obra, justo quando a cidade sediará encontro sobre Parcerias Público-Privadas, algo bem maior do que a prosaica, mas importante obra num cruzamento de Porto Alegre. O prefeito Nelson Marchezan Júnior garantiu que há verbas para a conclusão de todas iniciativas relativas à Copa de 2014.
Que fique, mais uma vez, o exemplo de que como obras devem ser não apenas planejadas do ponto de vista arquitetônico e de engenharia, mas também com a viabilidade financeira.
 
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