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Opinião

- Publicada em 17 de Março de 2019 às 01:00

A reaproximação entre o Brasil e os Estado Unidos

Os mais velhos lembram-se bem dos anos em que - talvez eles mesmos participando - era moda estudantes de Porto Alegre e outras capitais do Brasil saírem às ruas bradando palavras de ordem contra o chamado imperialismo dos Estados Unidos da América (EUA). A principal delas era a frase "Ianques go home". Anos depois, com o avanço fantástico da tecnologia e as facilidades das comunicações pela internet, a dicotomia ainda prevalece. Não com tanta força quanto nas décadas passadas, porém ainda temos nichos sociais que detestam o sistema norte-americano de vida, com ou sem razão.
Os mais velhos lembram-se bem dos anos em que - talvez eles mesmos participando - era moda estudantes de Porto Alegre e outras capitais do Brasil saírem às ruas bradando palavras de ordem contra o chamado imperialismo dos Estados Unidos da América (EUA). A principal delas era a frase "Ianques go home". Anos depois, com o avanço fantástico da tecnologia e as facilidades das comunicações pela internet, a dicotomia ainda prevalece. Não com tanta força quanto nas décadas passadas, porém ainda temos nichos sociais que detestam o sistema norte-americano de vida, com ou sem razão.
Visando, justamente, acertar os pontos em comum que ainda são fortes entre os dois países, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), acompanhado de seis ministros, estará, nesta terça-feira, em Washington, para encontro com o presidente estadunidense, Donald Trump.
Ambos, segundo analistas, com perfis pessoais e administrativos bem coincidentes, alguns até criticados, ainda que autênticos e mantidos nas respectivas campanhas eleitorais, e, depois, na presidência. Mesmo com as críticas tradicionais, a intensidade das relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos é demonstrada pelos mais de 30 mecanismos de diálogo entre os governos dos dois países, que abarcam temas de comércio, investimentos, energia, meio ambiente, educação, ciência, tecnologia e inovação, defesa, segurança e cooperação trilateral.
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, tendo o fluxo de comércio bilateral beirado a US$ 50 bilhões nos últimos anos. São o principal destino de exportação de produtos brasileiros manufaturados e semimanufaturados, os quais compõem cerca de 75% da pauta exportadora para os EUA.
E o Banco Central informa que os EUA continuam sendo o país com maior volume de investimento externo direto no Brasil. Brasil e Estados Unidos mantêm programas de cooperação trilateral em países como Haiti, Egito, Moçambique e Angola, contribuindo para seu desenvolvimento social e econômico. O desenvolvimento da produção do etanol - na América Central e no Caribe, de tradicional produção canavieira - também é foco de cooperação trilateral.
Visitas de presidentes, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (ambos do PT), bem como de outros mandatários, são uma tradição. Jair Bolsonaro fará sua primeira viagem internacional justamente à terra do Tio Sam. Evidencia o processo contínuo de reforço do diálogo político bilateral no mais alto nível, do aprofundamento das relações econômico-comerciais, do fortalecimento da cooperação em defesa e segurança, do fomento à cooperação em matéria de ciência, tecnologia e inovação e da facilitação do fluxo de pessoas. Os Estados Unidos foram o primeiro país, em 1824, a reconhecer a independência do Brasil. Em 1876, o imperador Dom Pedro II visitou o país da América do Norte. Vários presidentes dos EUA visitaram o Brasil, entre eles, Franklin Delano, Roosevelt, Harry Truman, Dwight D. Eisenhower, Jimmy Carter, Ronald Reagan, George Bush, George W. Bush, William (Bill) Clinton e Barack Obama.
Espera-se que acordos e tratados revigorados possam reaproximar os dois países, cujas relações foram um tanto quanto relegadas nos últimos anos, sem qualquer proveito para o Brasil. Porém alguns críticos dessa aproximação não deixam de ter moradias em Miami ou Nova Iorque, cidades-símbolo do que o capitalismo ianque tem de melhor.
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