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Opinião

- Publicada em 14 de Março de 2019 às 01:00

Criminalidade insana avança e traumatiza brasileiros

Dois jovens, com 17 e 25 anos, amigos, aterrorizaram o Brasil em mais uma tragédia, entre outras que estão traumatizando o País em 2019. Vizinhos das residências de ambos, em Suzano, São Paulo, afirmaram que, pelo comportamento dos rapazes, ninguém imaginaria que fossem capazes dos assassinatos a sangue frio que promoveram em uma escola pública da cidade. Alguns afirmaram que foi algo pontual, episódico, fruto da instabilidade emocional até natural dos moços. Mas a ação criminosa - premeditada segundo investigações - levou à morte de oito pessoas e dos autores da chacina, além de feridos.
Dois jovens, com 17 e 25 anos, amigos, aterrorizaram o Brasil em mais uma tragédia, entre outras que estão traumatizando o País em 2019. Vizinhos das residências de ambos, em Suzano, São Paulo, afirmaram que, pelo comportamento dos rapazes, ninguém imaginaria que fossem capazes dos assassinatos a sangue frio que promoveram em uma escola pública da cidade. Alguns afirmaram que foi algo pontual, episódico, fruto da instabilidade emocional até natural dos moços. Mas a ação criminosa - premeditada segundo investigações - levou à morte de oito pessoas e dos autores da chacina, além de feridos.
E para uma conclusão embasada somente com mais detalhes sendo apurados, vida pregressa, ambiente familiar, tipo de atividades e, o principal, laudos técnicos analisando eventuais evidências de desequilíbrios psiquiátricos. É típico da vulnerabilidade social, quando uma dor emocional não curada pode levar um adolescente a se tornar um assassino, segundo dito. A violência existe na humanidade desde tempos imemoriais. Entretanto, não se pode aceitá-la com argumentos rasos, como, muitas vezes, é afirmado na defesa, por exemplo, do armamento quase geral e irrestrito. Há quem afirme que se os professores estivessem armados, a tragédia não teria tantos mortos. Mera e errada suposição, que professores envolvidos em lecionar e interagir com seus alunos jamais esperariam que dois desequilibrados, ex-alunos do colégio, estariam matando dentro do estabelecimento. No mesmo dia, manifestações pelo primeiro ano do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do seu motorista, Anderson Gomes. Os autores foram apontados, mas há um clamor pela descoberta dos mandantes.
De resto, a criminalidade está avançando em todo Brasil. O negativo está predominando.
Hoje, temos organizações criminosas estruturadas, com graduações e hierarquia funcional, e tudo o mais que, normalmente, só se vê em empresas legais, estratificadas e com atuação pública.
A criminalidade avança com a falta de escrúpulos desde os altos escalões em Brasília, os benefícios autopromulgados em favor das elites dirigentes e a ainda diferença de classes que é uma chaga no País. É que existem pessoas que se consideram com mais valor do que têm. Outras, pelo contrário, desconhecem quanto valem. Esse parece ser o caso de bandidos e policiais, na escalada do crime. Temos uma geração com milhares criados de maneira irresponsável, sem pai nem mãe, literalmente, sem educação, sem exemplos, boas companhias e sabendo de falcatruas ali no vizinho, na esquina ou, o pior de tudo, nas elites dirigentes nacionais. E não é de hoje, nem deste século que recém está completando pouco mais do que 18 anos. Mas, ao invés de atingir a maioridade legal e quando chega a responsabilidade ampla, o que vemos é muitos buscarem na senda do crime o sustento diário. Ilegal, tortuoso, errado, fatídico e que prejudica a tudo e a todos como sociedade organizada que deveríamos ser. E pior do que os marginais é ver, vez que outra, os que devem combatê-los cúmplices de assassinatos, roubos, furtos e no tráfico de drogas.
Aliás, quando um tipo de crime fica muito consistente e alarma demais, alguns analistas lembram que, nesses casos, a probabilidade de que agentes e autoridades da lei estejam envolvidos é muito grande. Infelizmente, é o que tem ocorrido. Além disso, no Brasil, as leis se complicam quando se multiplicam. Mas é essa a sociedade que criamos. Mudá-la, só com muita reforma, inclusão, mais empregos formais, com educação, saúde e, repete-se sempre, segurança para todos.
 
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