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Opinião

- Publicada em 13 de Março de 2019 às 01:00

Universidade para a elite?

Sem pretender esgotar o assunto, trago algumas considerações para o debate. Em primeiro lugar cabe dizer que no Brasil muitos ainda acreditam que uma pessoa para ser "alguém" precisa ter diploma universitário ou ser "doutor", como se as profissões técnicas e as demais não fossem necessárias e não dignificassem quem as exerce. É a cultura do "doutorismo". É preciso compreender que nem todos, qualquer que seja a classe social ou econômica a que pertençam, têm aspiração ou são vocacionados para a universidade que tem em vista a vida acadêmica, a pesquisa ou o exercício profissional, sem que isso importe em qualquer demérito.
Sem pretender esgotar o assunto, trago algumas considerações para o debate. Em primeiro lugar cabe dizer que no Brasil muitos ainda acreditam que uma pessoa para ser "alguém" precisa ter diploma universitário ou ser "doutor", como se as profissões técnicas e as demais não fossem necessárias e não dignificassem quem as exerce. É a cultura do "doutorismo". É preciso compreender que nem todos, qualquer que seja a classe social ou econômica a que pertençam, têm aspiração ou são vocacionados para a universidade que tem em vista a vida acadêmica, a pesquisa ou o exercício profissional, sem que isso importe em qualquer demérito.
Do estudante universitário se exige conhecimento e capacidade de análise e reflexão, elementos que se situam na contramão da atual cultura de massas que não requer nenhuma formação intelectual especializada ou aprofundada, sem pretender transcender o tempo presente, mas a ser consumida instantaneamente. Se quisermos sair desse atraso abissal que nos separa dos países de primeiro mundo, necessitamos mudar essa cultura do "doutorismo", retrógrada, revoltante e discriminatória. É preciso investir seriamente no Ensino Fundamental e técnico para que as pessoas possam fazer escolhas de acordo com suas aptidões, sentindo-se valorizadas por elas tanto pessoal quanto profissionalmente. Por outro lado, a família, que tem a função de transmitir valores - valores humanos que permitem a convivência social - precisa ser levada para dentro da escola para que, juntas, alavanquem uma mudança cultural que irá refletir na construção do conhecimento e no comportamento para o exercício da cidadania. Essa aliança é fundamental para o processo de crescimento de professores, pais e alunos. Cabe dizer que, apesar do que se vê nesse País caricato, pertencer à elite não é passaporte para gozar apenas de direitos e de privilégios e sim para assumir maiores responsabilidades sociais.
Da elite há que se exigir muito em contraprestação ao muito que detém.
Advogada e professora universitária aposentada
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