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Opinião

- Publicada em 12 de Março de 2019 às 01:00

Educação, ideologia e política

Aqueles que não deixam a miopia ideológica obnubilar a realidade obscena da educação brasileira, em todos os seus níveis, sabem que o uso da máquina do Estado para fazer proselitismo político-ideológico, por meio de mensagens oficiais aos estudantes, é antigo como o tempo, método esse aperfeiçoado no governo de Getúlio Vargas, com o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), surgido em 1939 como uma reorganização de órgãos que já existiam desde 1931. Quem não lembra do "novo lema" do (des)governo "rousseffeano": "Brasil, Pátria Educadora!". No novel governo federal, mudaram-se apenas os meios, a teor do recente e-mail do ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez, enviado a instituições de ensino do País, solicitando que, no início do ano letivo, diretores organizem os alunos para cantar o Hino Nacional e ouvir a leitura de uma carta de sua lavra - que está em sua terceira edição - com o slogan do governo: "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos".
Aqueles que não deixam a miopia ideológica obnubilar a realidade obscena da educação brasileira, em todos os seus níveis, sabem que o uso da máquina do Estado para fazer proselitismo político-ideológico, por meio de mensagens oficiais aos estudantes, é antigo como o tempo, método esse aperfeiçoado no governo de Getúlio Vargas, com o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), surgido em 1939 como uma reorganização de órgãos que já existiam desde 1931. Quem não lembra do "novo lema" do (des)governo "rousseffeano": "Brasil, Pátria Educadora!". No novel governo federal, mudaram-se apenas os meios, a teor do recente e-mail do ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez, enviado a instituições de ensino do País, solicitando que, no início do ano letivo, diretores organizem os alunos para cantar o Hino Nacional e ouvir a leitura de uma carta de sua lavra - que está em sua terceira edição - com o slogan do governo: "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos".
A imoderação escrita e a incontinência verbal do ministro Rodríguez remetem aos "engenheiros de almas humanas", para usar a expressão de Stalin, empregada num discurso sobre o papel dos escritores russos, diga-se en passant, despossuídos de intelectos independentes, como Pasternak e Soljenítsin,
A educação brasileira, colocada em posições vergonhosas nos rankings internacionais, necessita somente de ações práticas voltadas para o seu efetivo melhoramento. Apenas isso. Ações estéreis, ao estilo dos orbes periféricos, fazem o Brasil permanecer na mediocridade tão criticada nos idos de 1948 por Fernando de Azevedo (Na Batalha do Humanismo, 1967), a qual, segundo esse saudoso professor da Universidade de São Paulo (USP), era obra dos "galos velhos, da capoeira pedagógica, [...]. Muitos desses tornaram-se perigosos pela ação ou pela inércia, quando, por um jogo de circunstâncias, se viram alcandorados no poleiro governamental".
Advogado
 
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