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Opinião

- Publicada em 05 de Março de 2019 às 01:00

Governador Leite: e a democracia?

Eduardo Leite se elegeu com o discurso do diálogo. Sobre suas propostas, temos o direito de apoiar, de criticar, de concordar ou não. É do jogo democrático. O governador foi eleito dentro das regras e, assim, tem o direito de implementar seus projetos políticos, submetendo-os ao parlamento. Diante da crise financeira que afirmam existir, tanto o atual quanto o ex-governador elegeram os servidores públicos como alvo prioritário para conter a alegada crise. São mais de quatro anos sem reposição da inflação nos salários, parcelamentos e diversos planos visando retirar direitos históricos destes trabalhadores, como ocorreu semana passada com a licença-prêmio. O governador participou do debate entre os candidatos, organizado pelas entidades de servidores. Afirmou sua disposição de dialogar, de ouvir os trabalhadores. Recentemente, visitou pessoalmente alguns sindicatos. Mas manteve firme a sua agenda de ajuste fiscal e foi implacável na execução.
Eduardo Leite se elegeu com o discurso do diálogo. Sobre suas propostas, temos o direito de apoiar, de criticar, de concordar ou não. É do jogo democrático. O governador foi eleito dentro das regras e, assim, tem o direito de implementar seus projetos políticos, submetendo-os ao parlamento. Diante da crise financeira que afirmam existir, tanto o atual quanto o ex-governador elegeram os servidores públicos como alvo prioritário para conter a alegada crise. São mais de quatro anos sem reposição da inflação nos salários, parcelamentos e diversos planos visando retirar direitos históricos destes trabalhadores, como ocorreu semana passada com a licença-prêmio. O governador participou do debate entre os candidatos, organizado pelas entidades de servidores. Afirmou sua disposição de dialogar, de ouvir os trabalhadores. Recentemente, visitou pessoalmente alguns sindicatos. Mas manteve firme a sua agenda de ajuste fiscal e foi implacável na execução.
Na outra ponta, certamente, estão os servidores públicos. Diante do quadro angustiante a que estão submetidos, precisam reagir, mostrar à sociedade a sua visão, apontar os verdadeiros problemas do Estado: a sonegação, as bilionárias isenções, o excesso de CCs, os verdadeiros privilégios, localizados, todos eles, nas castas intocáveis com regalias incontáveis! Para fazer esse contraponto, os funcionários contam unicamente com os seus sindicatos. É preciso organizar as bases, informar a população, disputar versões. É - afirmo mais uma vez - do jogo democrático. Discordar, apontar saídas, denunciar, se for o caso. Em uma sociedade polarizada entre os interesses de uma minoria muito rica e a grande massa cada vez mais empobrecida, cumpre às organizações dos trabalhadores este papel.
Juntando os dois temas, o dilema: o governador rasga o discurso e inviabiliza os sindicatos. As entidades dos servidores têm uma constituição diferente dos demais sindicatos, pois nunca receberam verbas de imposto sindical. Toda a sua arrecadação é oriunda da vontade dos sindicalizados, que destinam parte do seu salário para financiar a sua luta.
Pois bem, o governo simplesmente está retendo estas contribuições e não repassa aos sindicatos. Ora, governador, e o seu espírito democrático? Esse recurso é parte dos salários e, se não fosse destinado aos sindicatos, já estaria com o trabalhador. Assim, somos obrigados a caracterizar essa atitude como uma ação antissindical, que fere o direito de associação e a democracia. Começa muito mal o jovem governador Eduardo Leite!
Presidente do Sindicaixa
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