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Opinião

- Publicada em 27 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Carnaval movimenta a economia

Para o Carnaval de 2019, estudos da Confederação Nacional do Comércio (CNC) projetam receita de serviços em São Paulo em torno de R$ 1,9 bilhão.
Para o Carnaval de 2019, estudos da Confederação Nacional do Comércio (CNC) projetam receita de serviços em São Paulo em torno de R$ 1,9 bilhão.
Cifra 5,4% maior do que no ano anterior. Gerará 23,6 mil empregos. Guardando as proporções, isto se reflete em todo o País. O Carnaval é festa popular incorporada à cultura brasileira e deve contar apoio em Leis de Incentivo à Cultura. Frágil argumento de alguns gestores municipais quanto a outras necessidades e dificuldades econômico-financeiras que não têm o condão de acusar lesividade de atos. Até porque o repasse das verbas é opção político-administrativa. Logo, não ilegal. O Carnaval está no DNA da Nação. Por isso, o não incentivo dos poderes constituídos à sua execução se constitui em grave equívoco administrativo, político e cultural. Decisões contrárias ferem de morte a cultura e, aliam-se a repressão, especialmente ao que descendem dos escravizados. O Carnaval, ao contrário dos gestores provisórios das cidades, faz parte da história e do patrimônio cultural imaterial. Existe boa parcela da população que ama o Carnaval e uma minoria, a qual respeito, que não gosta. Cabe sim aos gestores das cidades administrarem pelo diálogo possíveis divergências. Ora, para dar alegria e cultura ao povo não é necessário o componente do lucro. O Carnaval de rua é válvula de escape para tensões por isto diminui a violência. Portanto, o lazer e entretenimento enfeixam a cultura. É na festa de rua que o povo busca estratégia para enfrentar os problemas da vida. É preciso que as pessoas percebam que a escola de samba é demonstração de cultura, às vezes a mais requintada.
Do ponto de vista da escultura, da apresentação, do colorido, da música, do balé, uma invenção e sua sublimação (Josué Montello). Carnaval não é mero evento, por isto não é folclore. Não morre nunca. Mundo às avessas. Ocupa espaço privilegiado na cultura nacional. Grupos se organizam, em nível local. É festa brasileira e não regional festejada em toda parte. Viva o bloco de rua e a Escola de Samba!
Escritor
 
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