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Opinião

- Publicada em 20 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Os desafios para 2019, o ano que ainda não começou

Uma das tantas frases repetidas pelo menos uma vez por ano enfatiza que o ano novo realmente começa depois do Carnaval. Mas há controvérsias. Muita coisa está acontecendo no País, como a entrega da reforma da Previdência.
Uma das tantas frases repetidas pelo menos uma vez por ano enfatiza que o ano novo realmente começa depois do Carnaval. Mas há controvérsias. Muita coisa está acontecendo no País, como a entrega da reforma da Previdência.
Entretanto, é verdade que, em função de férias e recessos, muitas atividades e negócios, bem como o meio político e empresarial deslancham mesmo depois do Carnaval.
Como março começa na sexta-feira da próxima semana e já engata nos dias e noites de folia, neste ano poderia se dizer que a data de início será 6 de março, Quarta-Feira de Cinzas. Mas este dia da semana encontra o País entorpecido e de ressaca.
De maneiras que o começo mesmo será na outra segunda-feira, dia 11 de março. Coisas nossas como no samba de Noel Rosa dos anos 1920. Enfim, antes tarde que nunca.
E como sempre, emerge o Brasil da cobrança, sentimento turbinado pelos gastos com material escolar, pagamento das dívidas contraídas nas férias. Para resumir, a fatura chega.
A fatura chega também para os governantes dos três níveis. Para os que entram, o presidente e os governadores, a lua de mel terminou, e os ajustes nas respectivas máquinas administrativas já deveriam, em tese, estar nos trinques.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem uma tarefa bem mais complexa, afinal, é gigantesca e medonha - assim mesmo, medonha - a máquina administrativa que ora trava algumas engrenagens, ora acelera demais em outras.
De cambulhada, o presidente terá que tomar tenência no campo político, quem sabe ouvindo mais seus aliados antes de transformar questiúnculas familiares em crise. Trata-se de pôr as coisas no seu devido lugar. Tudo indica que Bolsonaro tem consciência de que precisa mudar e dele sabe-se que aprende rápido. Teve dois meses para recalcular o rumo político.
Não menos delicada é o porvir do governador Eduardo Leite (PSDB). Também tivemos lua de mel no Rio Grande do Sul, em grande parte devido ao recesso parlamentar e às férias coletivas e individuais dos demais poderes e dos integrantes da máquina administrativa, aduzindo que a população civil também exerce seu direito antes da volta ao batente e ataque aos problemas de sempre e um batalhão de novos.
Viver é matar leões, no fim das contas. E eles vêm em penca: pagamento do funcionalismo, dívida pública, dificuldades de arrecadação devido à baixa atividade econômica.
Mesmo que já tenha entrado no terceiro ano do mandato, e precisamente por isso, o prefeito da Capital, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), precisa engrenar a terceira marcha para não só resolver questões fundamentais da Capital como inovar com iniciativas, com criatividade e em parceria com a iniciativa privada. Não há salvação fora das PPPs.
Governar, hoje, resume-se a gerenciar folha de pagamento do funcionalismo. Nem nos piores pesadelos nós imaginávamos, no passado, que chegaríamos a esse ponto, sem espaço para investir de verdade na res publica, a coisa pública.
Mas falta alguém em Nuremberg. Costumamos culpar os governos pelas mazelas do país chamado Brasil, como se fossem eles os únicos responsáveis. Não, a culpa tem que ser repartida com os parlamentos.
Quando pensam no individual e esquecem o coletivo, os legislativos têm tanta culpa - talvez bem mais - que os executivos, seja por votações erradas, seja por falta de iniciativa ou, pior, por questiúnculas ideológico-partidárias.
 
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