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Opinião

- Publicada em 18 de Fevereiro de 2019 às 01:00

As fake news têm pernas curtas

Em uma das cenas mais clássicas da literatura, o incrível Barão de Münchausen caiu com seu cavalo num pântano. Enquanto afundava lentamente, percebeu que não havia ninguém que pudesse ajudá-lo e teve a brilhante ideia de puxar-se pelo próprio cabelo, salvando a si e a sua montaria. Tratava-se, evidentemente, de mentiras que o Barão usava para promover-se, contando histórias fantásticas após ver sua carreira militar estagnar.
Em uma das cenas mais clássicas da literatura, o incrível Barão de Münchausen caiu com seu cavalo num pântano. Enquanto afundava lentamente, percebeu que não havia ninguém que pudesse ajudá-lo e teve a brilhante ideia de puxar-se pelo próprio cabelo, salvando a si e a sua montaria. Tratava-se, evidentemente, de mentiras que o Barão usava para promover-se, contando histórias fantásticas após ver sua carreira militar estagnar.
Jair Bolsonaro e seu partido (PSL) ganharam as eleições no Brasil denunciando demagogicamente o sistema político e os esquemas de corrupção, utilizando-se de métodos que dariam inveja ao famoso Barão, por meio das chamadas fake news que marcaram sua campanha eleitoral.
Depois de ter passado mais de uma década no partido de Paulo Maluf, o PP (ex-Arena, na época da ditadura, da qual o presidente é tão saudoso), pegou emprestado o PSL, um partido fraco e desconhecido, para apagar seu passado de representante da política apodrecida e deputado improdutivo por 28 anos. Utilizou a conhecida tática diversionista de atacar para não precisar se defender. Atacou pesado, com ódio, mentira e preconceito. Financiado por empresários e orientado por gurus internacionais da extrema-direita e mercadores da fé alheia que o legitimavam como "cidadão de bem".
Após vencer, Bolsonaro premiou o presidente do partido emprestado, Gustavo Bebianno, com o cargo de secretário-geral da Presidência. Eis que, agora, logo no início do governo, o cavalo do capitão começou a afundar num pântano de mentiras e machismo. Candidatas mulheres sendo usadas como laranjas para financiar candidaturas masculinas e gastos do fundo eleitoral com notas de gráficas inexistentes, revelam que as fake news têm pernas curtas e a verdade não absolverá as aventuras do governo do Barão de Münchausen. Puxar-se pelos próprios cabelos não evitará que afunde em seu próprio pântano.
Deputada federal (PSOL)
 
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