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Opinião

- Publicada em 14 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Em defesa dos produtores de leite

Mudanças abruptas nas regras do comércio internacional são perigosas. É o que acontece agora: o Ministério da Economia suspendeu a tarifa de importação de leite em pó da União Europeia e da Nova Zelândia. Desde 2001, o produto vindo da Europa era acrescido de 14,8% e, no caso da Nova Zelândia, 3,9%. Os mais ameaçados com a concorrência desleal são os produtores da cadeia local, sobretudo os pequenos e médios. As exigências parecem feitas sob encomenda para os grandes. A se consolidar a mudança, as propriedades precisarão ter tanques de armazenamento e resfriadores para manter a temperatura ao máximo de 7º, mais baixa do que os atuais 10º.
Mudanças abruptas nas regras do comércio internacional são perigosas. É o que acontece agora: o Ministério da Economia suspendeu a tarifa de importação de leite em pó da União Europeia e da Nova Zelândia. Desde 2001, o produto vindo da Europa era acrescido de 14,8% e, no caso da Nova Zelândia, 3,9%. Os mais ameaçados com a concorrência desleal são os produtores da cadeia local, sobretudo os pequenos e médios. As exigências parecem feitas sob encomenda para os grandes. A se consolidar a mudança, as propriedades precisarão ter tanques de armazenamento e resfriadores para manter a temperatura ao máximo de 7º, mais baixa do que os atuais 10º.
Nem todos os produtores, no campo, têm a estrutura necessária para a adequação; em muitos casos, o fornecimento de energia elétrica é precário. Na agricultura familiar, esta é uma realidade constante. Além do mais, seria uma regra redundante, já que o leite fornecido pelos pequenos produtores, que formam as cooperativas, já se destaca em padrões internacionais de qualidade.
A oscilação do mercado já fez com que, nos últimos dois anos, pelo menos 25 mil agricultores tenham deixado a atividade no Rio Grande. Fui reconduzido à Assembleia Legislativa para o quinto mandato e, desde o início da minha trajetória, tenho participado das lutas do setor, com especial atenção às necessidades dos pequenos e os médios. É preciso que os produtores se mobilizem e exijam do governo federal a revisão das mudanças para que não ocorram ainda mais prejuízos a este segmento já tão sobrecarregado. Protocolei pedido de audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo. Também já iniciei os contatos com a representação gaúcha no Congresso Nacional e outras autoridades em Brasília, pedindo providências para a reversão desta nefasta medida.
Deputado Estadual
 
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