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Opinião

- Publicada em 13 de Fevereiro de 2019 às 01:00

A (des)valorização da engenharia

A cada nova tragédia surgem sempre os mesmos questionamentos, numa sequência previsível. Todos querem saber o que aconteceu e quantas foram as vítimas. Logo surgem as causas e os responsáveis; as falhas na fiscalização são evidenciadas; o noticiário torna-se farto em analogias com episódios semelhantes. A partir daí, os desdobramentos das investigações, as devidas responsabilizações e a indenização dos atingidos passam a percorrer caminhos obscuros que favorecem a impunidade. Até que nova tragédia acontece, e um novo ciclo tem início sem que as lições anteriores tenham se transformado em norma, em lei, em prática. A engenharia é uma ciência exata, na qual o fator risco está invariavelmente presente e, portanto, calculado. Nada explica a postura reativa e não preventiva com que enfrentamos tais acontecimentos. Tanto no setor público quanto no privado, a engenharia vem perdendo espaço para a política e para o Direito no protagonismo dos rumos do desenvolvimento. Isso precisa ser revertido pela imposição da técnica, ponto. Do contrário, não estancaremos as sucessivas sangrias, como as da Boate Kiss, de Mariana, de Brumadinho, do Flamengo e tantas outras que, mesmo de menor impacto e apelo social, ilustram o caos ao qual a sociedade está submetida. Quanto vale uma vida perdida? E 300 vidas perdidas? Quanto vale um rio destruído, uma nascente comprometida, o colapso de um viaduto, um time de garotos? Quanto custou para o País a criação da Embraer e o desenvolvimento da tecnologia sem precedentes nos países em desenvolvimento? Compensa aos brasileiros transferir para empresas internacionais a tecnologia de exploração de petróleo em águas profundas, patrimônio técnico da engenharia brasileira e da Petrobras? Quem ganha e quem perde com a (des)valorização da engenharia? Já passou da hora de aprendermos as verdadeiras lições. A valorização da engenharia não é uma causa corporativa, é uma questão de sobrevivência.
A cada nova tragédia surgem sempre os mesmos questionamentos, numa sequência previsível. Todos querem saber o que aconteceu e quantas foram as vítimas. Logo surgem as causas e os responsáveis; as falhas na fiscalização são evidenciadas; o noticiário torna-se farto em analogias com episódios semelhantes. A partir daí, os desdobramentos das investigações, as devidas responsabilizações e a indenização dos atingidos passam a percorrer caminhos obscuros que favorecem a impunidade. Até que nova tragédia acontece, e um novo ciclo tem início sem que as lições anteriores tenham se transformado em norma, em lei, em prática. A engenharia é uma ciência exata, na qual o fator risco está invariavelmente presente e, portanto, calculado. Nada explica a postura reativa e não preventiva com que enfrentamos tais acontecimentos. Tanto no setor público quanto no privado, a engenharia vem perdendo espaço para a política e para o Direito no protagonismo dos rumos do desenvolvimento. Isso precisa ser revertido pela imposição da técnica, ponto. Do contrário, não estancaremos as sucessivas sangrias, como as da Boate Kiss, de Mariana, de Brumadinho, do Flamengo e tantas outras que, mesmo de menor impacto e apelo social, ilustram o caos ao qual a sociedade está submetida. Quanto vale uma vida perdida? E 300 vidas perdidas? Quanto vale um rio destruído, uma nascente comprometida, o colapso de um viaduto, um time de garotos? Quanto custou para o País a criação da Embraer e o desenvolvimento da tecnologia sem precedentes nos países em desenvolvimento? Compensa aos brasileiros transferir para empresas internacionais a tecnologia de exploração de petróleo em águas profundas, patrimônio técnico da engenharia brasileira e da Petrobras? Quem ganha e quem perde com a (des)valorização da engenharia? Já passou da hora de aprendermos as verdadeiras lições. A valorização da engenharia não é uma causa corporativa, é uma questão de sobrevivência.
Engenheiro mecânico, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado
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