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Opinião

- Publicada em 06 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Gaúchos voltam em peso às praias do Estado

O clima foi de uma inconstância quase irritante em 2018. As variações em um mesmo dia, alternando frio, vento e chuva deixaram os gaúchos sem muitas opções ou certezas quanto aos programas de trabalho e lazer. No entanto, a partir de dezembro, como é tradicional, a busca pelas tradicionais praias do Litoral Norte e do Litoral Sul vira o programa de milhares que buscam o refrigério, o lazer e o afastamento da azáfama que é a característica da Capital e outras grandes cidades gaúchas.
O clima foi de uma inconstância quase irritante em 2018. As variações em um mesmo dia, alternando frio, vento e chuva deixaram os gaúchos sem muitas opções ou certezas quanto aos programas de trabalho e lazer. No entanto, a partir de dezembro, como é tradicional, a busca pelas tradicionais praias do Litoral Norte e do Litoral Sul vira o programa de milhares que buscam o refrigério, o lazer e o afastamento da azáfama que é a característica da Capital e outras grandes cidades gaúchas.
No Natal e Ano-Novo, com um calor que beirou os 40 graus, então, a debandada foi grande. O calor continuou e janeiro de 2019 foi o mais quente em mais de um século. Claro que ajudou na corrida aos balneários. Porém, os problemas financeiros do funcionalismo estadual e da prefeitura de Porto Alegre também pesaram, com o parcelamento dos vencimentos e o não pagamento do 13º salário e do mês de dezembro ao funcionalismo do Estado, pela absoluta falta de dinheiro. E isso ocorreu na virada do ano e em janeiro, quando as praias estiveram superlotadas.
Há que se lembrar que praia não é só tomar banho. Para nós, gaúchos, estar na praia é ver-se livre da gravata, do terno, do horário rígido, de ter tempo para não fazer nada ou fazer quase tudo. Ou seja, veranear, para os gaúchos, homens e mulheres, é, antes de tudo, um estado de espírito.
Da mesma forma, não se pode montar uma infraestrutura sazonal, de dois meses, para uma população flutuante até 10 ou 15 vezes maior. Sobre as rodovias, realmente não suportam o tráfego intenso. A RS-040 deveria ter sido duplicada há pelo menos cinco anos, talvez mais. A popular freeway era um exceção nacional como rodovia organizada, conservada e com serviços à disposição dos usuários, que pagavam o pedágio sem reclamar, segundo pesquisas. Hoje, com a nova concessionária ainda neste fevereiro, os usuários esperam a volta da conservação e dos bons serviços de guincho, socorro médico e limpeza, além do suporte da Polícia Rodoviária Federal. Por meses, sem concessionária após a saída da Triunfo Concepa, veículos estragados iam para o acostamento e ali ficavam. Se o proprietário tivesse seguro particular teria o reboque incluído, mas que demorava a chegar pelo tráfego e muitos atendimentos.
É certo que a ida e vinda às praias têm problemas sazonais, não permanentes. A concessionária da RS-040 informa que com um pedágio mais caro faria a duplicação. Quanto aos condomínios horizontais, Tramandaí e Imbé, onde a moda não havia chegado, estão vendo surgirem. Na internet há críticas hilárias quanto à nossa maneira de ver o mar, a temporada de verão, as agruras que passamos no trânsito, o tempo e as águas marrons. Porém, nada que nossos avós não soubessem. No entanto, o que era Capão da Canoa há 40 anos e o que é hoje? E Torres? E Tramandaí, Imbé, Cidreira, Balneário Pinhal, Quintão e Arroio do Sal mais outras praias? Um desenvolvimento notável e agora moradia fixa para milhares de aposentados, com uma distribuição de renda e populacional ao natural.
Com a autopista Porto Alegre-Osório e com a Estrada do Mar, temos o acesso em, no máximo, 1h45min, em dias normais, ao Litoral Norte. Porém, as prefeituras devem se organizar para oferecer ainda melhores serviços básicos essenciais, como recolhimento de lixo, pavimentação de ruas e avenidas, sinalização viária, nome nas vias públicas, semáforos, varrição e capina ou alertando os proprietários pra que façam isso em seus terrenos, como é lei em Porto Alegre. Em suma, o bom humor dos porto-alegrenses com relação à ida ao Litoral Norte em janeiro foi excepcional, com o calor escaldante verificado. Quanto ao resto, temos muitas lendas, folclore e exageros. Coisas, aliás, típicas nossas.
 
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