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Opinião

- Publicada em 30 de Janeiro de 2019 às 01:00

Por cidades mais humanas

Sebastião Melo
Faz alguns dias, eu vi uma cidade. Não uma, mas várias, uma junta a outra. Nelas, havia muitos ônibus, todos elétricos. Metrô, bicicletas, bondes, aeromóvel. Quase não vi carros. E todos os que vi estavam cheios de pessoas, nunca com um motorista só.
Faz alguns dias, eu vi uma cidade. Não uma, mas várias, uma junta a outra. Nelas, havia muitos ônibus, todos elétricos. Metrô, bicicletas, bondes, aeromóvel. Quase não vi carros. E todos os que vi estavam cheios de pessoas, nunca com um motorista só.
Muitas praças e parques, com a grama cortada e árvores cuidadas. As calçadas não tinham irregularidades, e as rampas para cadeirantes e sinalizações para deficientes visuais estavam em toda parte. Não vi um buraco nas ruas, e, quando chovia, a água não acumulava. Os prédios e as casas não eram pichados, os arroios não cheiravam mal, e as pessoas tomavam banho na beira de um rio. As escolas estavam cheias de crianças e jovens, e os presídios, vazios. Não havia mais moradores de rua, e os albergues fecharam por falta de demanda. Quase não tinha fila: nem em postos de saúde e hospitais, tampouco em busca de emprego (a única fila que vi era para ser voluntário e colaborar com a cidade). E, à noite, tudo iluminado, as pessoas conversavam, tomavam chimarrão e discutiam como melhorar mais o lugar onde moravam. Não estava vendo apenas um local, mas sim um tempo. Um tempo, digamos, em 2050. Um local: a Região Metropolitana de Porto Alegre. No meio de pessimismo que toma conta do País e do mundo, em uma visão apocalítica da humanidade (Harari, em 21 lições para o século 21, conjectura um futuro de colapso do mundo), ousei fazer o exercício de futurologia otimista. E o fiz porque acredito nas pessoas. Tanto acredito que, em fevereiro, assumo uma cadeira na Assembleia. Ao aceitar essa missão, firmo o compromisso de fazer com que as cidades sejam mais limpas, seguras e humanas. Nutro a esperança de que as décadas que virão serão melhores para nós, nossos filhos e netos.
Por pensar em um futuro em que as pessoas tenham mais valor do que carros ou prédios e sintam orgulho de onde moram é que disputei uma eleição e me tornei deputado. Sabemos que a Região Metropolitana está abandonada e que não existe um planejamento adequado para que as cidades que a compõem sejam melhores para se viver. E só existe uma forma para que isso aconteça: unir forças e resolver os problemas que assolam a todos de forma conjunta, compartilhada. Juntos, podemos melhorar nosso futuro.
Deputado estadual eleito (MDB)
 
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